Ex-chefe de laboratório russo revela esquema de doping nos Jogos de Inverno
Um triste esquema digno de um filme. Assim pode ser definido o plano russo para burlar os exames antidoping na Olimpíada de Inverno de Sochi (RUS), em fevereiro de 2014, revelado nesta quinta-feira pelo jornal americano "The New York Times".
Ao diário, o antigo chefe do laboratório de antidoping da Rússia, Grigory Rodchenkov, contou em detalhes como os cientistas faziam para dopar os atletas e, posteriormente, alterar seus exames para que não testassem positivo. Isso foi feito, inclusive, com pelo menos 15 medalhistas na disputa.
Rodchenkov, que vive escondido em Los Angeles (EUA), temendo por sua segurança, desenvolveu um coquetel com três drogas substâncias proibidas, o qual ele misturava na bebida de competidores.
Quando os exames dos mesmos apontavam o doping positivo, suas amostras de urina eram trocadas por antigas, coletadas meses antes, por meio de um buraco na parede do laboratório, à noite.
"Nós estávamos inteiramente equipados, com conhecimento, experiência e perfeitamente preparados para Sochi, como nunca antes. Tudo funcionava como um relógio suíço. Pessoas celebravam os campeões olímpicos, mas nós ficávamos como loucos para trocar sua urina", disse Rodchenkov.
O esporte russo está sob a mira da Agência Mundial Antidoping (Wada) desde o ano passado, quando os primeiros esquemas de dopagem sistemática surgiram. O atletismo do país, inclusive, está proibido de participar de competições oficiais, como a Olimpíada, até se enquadrarem nas regras da Wada.
Na Olimpíada de Sochi, os russos lideraram o quadro de medalhas com 13 ouros e 33 láureas no total. Na sequência, vieram a Noruega (11 ouros e 26 medalhas) e o Canadá (10 ouros e 25 medalhas).
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