Atletas gays atuariam melhor se assumissem opção, diz corredor olímpico
Os atletas gays teriam melhor rendimento se assumissem sua opção sexual. É o que defende o corredor Tom Bosworth, sexto colocado na corrida de 20 km da Rio-2016.
“Se alguém está usando 1% de sua energia para esconder quem ele é, essa é a diferença entre ser bom e ser grande”, afirmou Bosworth, nesta terça-feira (8), durante participação na Comissão de Cultura, Meios de Comunicação e Esporte do Parlamento britânico.
Bosworth ficou mundialmente conhecido após assumir-se homossexual em outubro do ano passado em entrevista à BBC. À época, o UOL Esporte entrevistou com exclusividade o atleta olímpico.
Na opinião de Bosworth, um atleta gay que não assuma sua opção sexual “não pose aproveitar sua vida tanto quanto ele poderia”.
Ex-jogador da NBA relata ambiente homofóbico no esporte
Assim como de Bosworth, o ex-jogador da NBA John Amaechi também esteve presente no Parlamento britânico para falar sobre preconceito sexual no esporte.
Para ele, os esportistas muitas vezes se portam como “homens trogloditas”, o que alimenta uma “atmosfera tóxica de homofobia”.
A sessão no Parlamento britânico acontece após a divulgação de pesquisa da rádio BBC 5 na qual constatou-se que 82% dos torcedores da Inglaterra, Gales e Escócia não teriam problemas caso suas equipes contratassem um atleta gay – 8%, no entanto, afirmaram que parariam de acompanhar os times.
Na opinião de Amaechi, o futebol é chave para desconstruir a homofobia no esporte.
“O futebol tem o dinheiro e os recursos para fazer o que quiser, mas propositalmente não se faz. Eu falei com jogadores da Premiere League que acham que seus clubes não o apoiariam”, afirmou o britânico.
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