COB revela queda de 14% em verbas para confederações em 2017
Em anos de crise, é comum que o Governo acredite em um maior número de apostas nas loterias. No entanto, o momento recente do Brasil afastou até mesmo os apostadores das casas. Consequentemente, os recursos da Lei Agnelo/Piva – oriundos da loteria federal – sofreram considerável redução, afetando o repasse para as confederações esportivas.
De acordo com números apresentados pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) nesta terça-feira (20), a queda no repasse para as entidades esportivas em 2017 será de 14%. Os R$ 98 milhões distribuídos para Confederações em 2016 serão reduzidos a R$ 85 milhões.
“A crise também chegou nas loterias, infelizmente. Isso nos pegou. Mas estamos trabalhando para que a queda não seja tão brusca”, explicou o diretor de gestão financeira do COB, José Maria de Santucci.
Dentro do valor reduzido, a confederação de Judô será a maior beneficiada, com uma verba de R$ 4,26 milhões para 2017. Vela, Ginástica e Atletismo receberão R$ 3,76 milhões. As “líderes” alcançaram o topo do quadro de distribuição graças aos critérios técnicos que privilegiam as entidades de melhores resultados nos últimos ciclos olímpicos.
Confederações tradicionais sem bons resultados no último ciclo, como as de Basquete e Desportos Aquáticos, terão perdas. A turma das piscinas ficará com R$ 3,2 milhões, inicialmente, enquanto o esporte da bola na cesta poderá receber até R$ 2,2 milhões.
A Confederação Brasileira de Basquete, no entanto, precisará resolver sua suspensão junto à Federação Internacional para ficar com a verba federal repassada pelo COB. Já a CBDA poderá ampliar esse valor inicial. Isso porque o Comitê Olímpico do Brasil pretende evitar uma redução maior que 20% em relação ao último ano. Para ampliar a receita em mais R$ 379 mil, porém, um projeto específico para este valor terá que ser apresentado até janeiro.
Apesar da crise que também a atinge, a CBDA ainda não sofrerá perdas para 2017. "Seria uma avaliação para 2018. Vamos acompanhar o caso", explicou o diretor executivo de esportes do COB, Agberto Guimarães.
Os R$ 85 milhões para as Confederações são parte da projeção de R$ 179 milhões de arrecadação do Fundo Olímpico da Lei Agnelo/Piva para 2017. Além da verba das entidades, serão R$ 41 milhões para o Fundo Esportivo e mais R$ 53 milhões para o COB – a título de verba para gestão esportiva e administrativa.
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