Operação da Polícia na casa de Nuzman ganha destaque na Europa e nos EUA
Nesta terça-feira (5), A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, e na própria sede da entidade, em operação batizada de Unfair Play. A ação ganhou ampla repercussão entre veículos da Europa e dos Estados Unidos.
O jornal inglês "The Guardian" destaca a suspeita de compra de votos comandada por Carlos Arthur Nuzman, principal dirigente da Olimpíada de 2016. "A Polícia Federal disse na terça-feira que tinha mandados de prisão e realizou operações de busca e apreensão como parte de uma investigação sobre corrupção que poderia ter ajudado o sucesso da candidatura do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016", diz o periódico.
O "Independent" é mais um jornal inglês a escrever sobre o caso. "Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e membro do Comitê Olímpico Internacional, foi um dos alvos em uma série de batidas enquanto a polícia emitiu dois mandados de prisão, conduziu busca e apreensão e coletou evidências após alegações de um esquema internacional de compra de votos", noticia.
A emissora "BBC", também da Inglaterra, destaca a longevidade de Nuzman em seu cargo antes de noticiar as investigações contra o dirigente. "Carlos Arthur Nuzman tem liderado o COB desde 1995, e chefiou o Comitê Organizador do Rio de Janeiro para os Jogos de 2016. Reportagens dizem que ele é acusado de agir como intermediário de esquema de compra de votos que teve como alvo membros africanos do Comitê Olímpico Internacional", afirma a reportagem.
Na Espanha, os jornais "As" e "Marca" usam reportagem da agência de notícias "EFE" sobre a operação. "A investigação revelou indícios de que Nuzman participou da compra de votos de membros do Comitê Olímpico Internacional para conseguir a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos que aconteceram em agosto de 2016", informa.
Nos Estados Unidos, o jornal "Los Angeles Times" também dá destaque para as suspeitas contra Nuzman. O periódico usa reportagem da agência de notícias "AP" que relata o dirigente indo depor. "Um fotógrafo da Associated Press viu Nuzman deixando sua casa acompanhado por seu advogado. A polícia também foi vista removendo malas, documentos e um computador", diz o texto, aproveitado também pelo "New York Times".
O "Washington Post", sediado na capital americana, destaca o apoio que a Polícia Federal recebe de autoridades francesas. "A investigação é parte da Operação Lava Jato, uma ação massiva contra a corrupção no Brasil, e está sendo auxiliada por autoridades da França e Antígua e Barbuda", afirma.
Nuzman deixou sua residência levado pelos oficiais para depor na sede de Polícia Federal. Como há suspeitas que o presidente do COB tenha nacionalidade russa, ele foi proibido de deixar do país e entregou todos os seus passaportes.
O presidente do COB vai depor ainda nesta terça-feira na sede da Polícia Federal. A investigação também tem como alvo o empresário Arthur César de Menezes Soares, conhecido como "Rei Arthur", investigado por fazer parte do suposto esquema de corrupção na escolha do Rio como sede olímpica. As autoridades cumprem mandados de prisão preventiva para ele e sua sócia Eliane Cavalcante.
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