Cabral nega em depoimento compra de votos para Rio-2016, diz jornal
O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) negou ter pedido ao empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como “Rei Arthur”, propina a membros do Comitê Olímpico Internacional para que a cidade carioca fosse escolhida como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A informação é do jornal “O Estado de S. Paulo”.
A declaração de Cabral foi feita em depoimento prestado a procurados do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro no último dia 6. O político está preso desde novembro do ano passado. Cabral foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão pela Justiça Federal de Curitiba e responde a outros 13 processos na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Durante o depoimento, o ex-governador do Rio negou participar na suposta compra de votos e disse que relacionar a escolha da cidade carioca como sede dos Jogos a pagamento de propinas é “um erro histórico”.
A operação que investiga compra de voto e pagamento de propina na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 foi batizada de “Unfair Play” e é um desdobramento da Lava Jato.
O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, é apontado como suspeito de intermediar a compra do voto do representante do Senegal no Comitê Olímpico Internacional para a escolha da cidade do Rio de Janeiro. Para os procuradores, Nuzman é "figura central nas tratativas".
Na denúncia apresentada pelo Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Federal do Rio, Nuzman é tratado como uma peça que, sem ele, a "engenhosa e complexa relação corrupta" não teria ocorrido. Não há, no documento de 129 páginas divulgado pelo MPF, qualquer menção de que o presidente do COB tenha enriquecido ilicitamente ou tenha ele recebido propinas.
A investigação contou com a colaboração do MP francês. Inicialmente, os procuradores franceses apuravam caso de doping no atletismo. A partir da denúncia de um antigo opositor de Nuzman no COB, o MP da França descobriu existência de um esquema de compra de votos, acionando a Polícia Federal brasileira para cooperação na investigação.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.