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Por 'violência', presidente do COI rejeita incluir eSports na Olimpíada

Thomas Bach, presidente do COI - Jean-Christophe Bott/Keystone via AP
Thomas Bach, presidente do COI Imagem: Jean-Christophe Bott/Keystone via AP

Do UOL, em São Paulo (SP)

06/09/2018 12h45

O alemão Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional) mostrou-se contrário à inclusão de competições de jogos eletrônicos na Olimpíada enquanto o chamado eSports promover "violência e discriminação".

O dirigente participou nesta quinta-feira (6) da cerimônia de encerramento dos Jogos Asiáticos, na Indonésia, em que os eSports fizeram parte da programação como "evento de demonstração".

"Não podemos ter no programa olímpico um jogo que promova violência ou discriminação”, afirmou Bach à agência de notícias Associated Press. “Os chamados jogos assassinos. Eles, do nosso ponto de vista, são contraditórios aos valores olímpicos e, portanto, não podem ser aceitos”, concluiu.

Alguns dos jogos eletrônicos mais populares entre os praticantes, como League of Legends, Fortnite e Rainbow Six, são combates com armas, algo que o COI rejeita, apesar de algumas das modalidades mais tradicionais dos Jogos Olímpicos, como boxe e esgrima, são também lutas. Bach, esgrimista com medalha de ouro em Montreal-1976, vê diferenças de conceito envolvendo os eSports.

“É claro que todo esporte de combate tem suas origens em uma luta real entre as pessoas. Mas o esporte é a expressão civilizada sobre isso. Se você tem ‘egames’ para matar alguém, isso não pode ser alinhado com nossos valores olímpicos”, explicou.

Os Jogos Asiáticos deste ano foram o primeiro multievento esportivo a incluir competições eletrônicas no calendário. O mercado é visto como promissor por atrair o público jovem.

De olho no rejuvenescimento do público, o COI admitiu novas modalidades para os Jogos Olímpicos a partir Tóquio-2020, como escalada, surfe e skate.