Malásia perde Mundial Paralímpico de Natação por negar vistos a israelenses
O Comitê Paralímpico Internacional anunciou neste domingo (27) que o Mundial de Natação não será realizado na Malásia, como havia sido previsto. O país não quis dar vistos aos nadadores israelenses para que pudessem competir em julho.
A questão é política. A Malásia, país que tem maioria muçulmana, não concorda com o tratamento de Israel aos palestinos. Israel criticou a atitude do país de recusar os vistos para atletas israelenses.
O presidente do Comitê Paralímpico Internacional, o brasileiro Andrew Parsons, afirmou que as autoridades paraolímpicas decidiram mudar o local da competição pela atitude do governo.
"Quando um país sede exclui atletas de uma determinada nação por razões políticas, não temos alternativa que não seja procurar um novo país sede. Todas as competições devem estar abertas a receber atletas de todas as nações para competir de forma segura e livre de discriminação", disse o presidente.
"Em setembro de 2017, quando o Comitê assinou o contrato para fazer o evento na Malásia, tivemos confirmações de que atletas classificados e países seriam permitidos. Desde então, houve uma mudança de liderança política no país e o novo governo tem ideias diferentes. Política e esporte não são bons misturados e ficamos desapontados que os atletas de Israel não poderiam competir na Malásia. Por isso estamos procurando um novo local para o evento, que é classificatório para Tóquio 2020", comentou Parsons.
O Comitê ainda convocou nações que tenham estrutura para sediar o Mundial a manifestar interesse em ser sede do evento.
O Mundial Paralímpico de Natação acontece a partir de 24 de julho. De acordo com o Comitê Paralímpico Internacional, 600 atletas devem competir.
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