Neymar do Rúgbi defende quedas do xará e quer jogar fora do Brasil
A atual escalação da seleção brasileira tem Neymar e mais 14. Você não leu errado: é a seleção brasileira de rúgbi sub-20, os Curumins, que têm o pilar Neymar na linha de frente. Um nome conhecido que virou o apelido de Leonardo Souza da Silva, 19 anos, fã do jogador do PSG. Até mesmo o "Portal do Rugby", veículo que se notabiliza na cobertura do esporte no Brasil, só se refere a ele como "Neymar".
"Minha professora da escola levou os alunos a conhecer o rúgbi. Como eu era muito fã do Neymar, eu usava a camisa do Neymar nos treinos. Como era muita gente, eles não sabiam o nome de cada um, e eu usava muito a camisa do Neymar, o apelido ficou. Até hoje", conta o jogador, que esteve em excursão com a seleção brasileira pelo Uruguai, onde disputaram o Sul-Americano da categoria. O time acabou na 4ª posição entre seis competidores.
O apelido, para Leonardo, valoriza sua carreira. "Gosto muito, sim. No começo era engraçado, mas com o tempo todo mundo no mundo do rúgbi só me conhece como Neymar, não como Leonardo. Dá bastante destaque no meio dos outros jogadores", disse, fazendo uma defesa ao "xará", que é constantemente criticado pelas quedas em campo, algo que não seria bem visto no rúgbi: "Vai muito dos valores do esporte. Como o futebol permite que você faça uma falta com um toque ou empurrão, ele tem a liberdade de poder cair e cobrar a falta por qualquer coisa. No rúgbi, não. Como é disputa com muito contato, nem todo empurrão vai ser falta. Se o futebol permite isso, ele tem que tentar ajudar da melhor forma possível o seu time. Como é um jogador com muita habilidade, outros jogadores vão tentar parar ele com falta. Não acho que ele deveria mudar a postura, não."
Intercâmbio na Nova Zelândia e sonho de Copa do Mundo
Em 2018, Neymar foi um dos selecionados pela Confederação Brasileira de Rugby para um intercâmbio na Nova Zelândia, um dos países mais poderosos no esporte em todo o Planeta. "Nesses quatro meses ficamos treinando no Crusaders, que é o atual bicampeão nacional, com atletas de outros países. Pudemos jogar por um clube da cidade, o New Brighton, fizemos 12 jogos, aprendemos muito, foi sensacional", relembrou, "A Nova Zelândia é o berço do rúgbi, respiram rúgbi. Crianças de cinco, seis anos jogando nas praças, em qualquer parque tem o H do rúgbi. É o esporte mais badalado por eles."
Torcedor do Grêmio e fã do Neymar do futebol, o atleta vive muito longe da realidade do astro do PSG, mas ao menos já consegue viver apenas do esporte que pratica. "Não tem assédio ou badalação não, tem muito respeito de quem tá assistindo e de quem tá jogando. A gente precisa muito da torcida de todo mundo, se não tiver esse respeito, não ajuda nenhuma das partes. Neymar é milionário, sem dúvidas, mas o do rúbgi tá crescendo bastante, graças a Deus. Agora estou conseguindo viver só disso, só treinando. É o que faz a grande diferença."
O próximo passo, projeta ele, é tentar jogar uma Copa do Mundo com o Brasil, e quem sabe conseguir um time no exterior. "Quem acompanha essa cultura de perto pode perceber que os neo-zelandezes não são sempre os maiores ou mais fortes, mas têm a melhor técnica. Eles treinam todo dia. E uma coisa que falta no Brasil é incentivar as crianças. No Brasil, as pessoas começam tarde no rúgbi, com 20, 21 anos. Para quem realmente gosta, o sonho é poder jogar por um clube profissional, viver só disso. Ainda tem tempo, sou novo, estou treinando duro e quem sabe poderei jogar fora e representar o Brasil", sonha o Neymar do Rúgbi.
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