Felipe França registra queixa-crime contra Joanna; nadadora aciona Justiça
O bate-boca na web entre os nadadores Felipe França e Joanna Maranhão, ocorrido em 20 de março, ganhou desdobramentos nas esferas policial e judicial. O nadador paulista registrou queixa-crime contra a nadadora pernambucana. Joanna Maranhão, por sua vez, informou ao UOL Esporte que deu entrada para acionar Felipe França na Justiça.
No documento lavrado por Felipe na polícia, o nadador acusa Joanna de ofendê-lo moralmente nas redes sociais.
Um dos trechos do Boletim de Ocorrência é relatado da seguinte forma: "[Felipe França] Recebeu por meio das redes sociais - Twitter de diversas ofensas da autora Joanna Maranhão, a qual conhece desde a juventude, e o motivo de tais ofensas a sua honra foi porque a vítima teria feito um comentário na área de esporte, ocasião em que a autora o xingou falando 'vai tomar no cu, burro, filho da puta', entre outros".
Na queixa-crime registrada, o nadador acusou Joanna de desrespeitar sua religião.
"Também afirma que a autora [Joanna] ofendeu sua religião a qual é evangélica dizendo: 'que adianta pedir empatia e compreensão de evangélico fundamentalista que mal sabe escrever português?'. 'Não me dirige a palavra e vai a merda'", apresenta o Boletim de Ocorrência.
No processo foi anexado um relato de Felipe à polícia: "Poderíamos ter uma discussão que ficaria no ambiente das diferenças de ideias, mas, infelizmente, a Joanna foi para um lado pejorativo para minha pessoa. Me ofendeu, me caluniou, me xingou de palavras de baixo calão, denegriu minha imagem, minha crença".
A polícia abriu inquérito para investigar o relato feito por Felipe. A delegada que investiga o caso, Cintia Pegorin, do 95º DP de Ipiranga, em São Paulo, pediu à Justiça a prorrogação do tempo para conclusão dos autos. O caso, portanto, segue com a polícia. Posteriormente, o inquérito será entregue à Justiça.
Ao UOL Esporte, Joanna disse não ter sido notificada. Ela acusou Felipe de fazer menção indireta a um trauma da nadadora - ela foi vítima de abuso sexual na infância cometido por um então professor de natação.
"Tem muita gente que acha que eu menti [denúncia de abuso sexual]. Acha que eu inventei. Não sei o que o [Felipe] França pensa em relação a isso. Só sei que nesta ferida ninguém bota mais o dedo, porque foi uma ferida que demorou muitos anos para cicatrizar. Então não permito que ninguém toque nesse assunto", comentou Joanna.
"Se ele [Felipe] se achou lesado, eu também me senti lesada. E aí a gente resolve isso", acrescentou a nadadora, que está grávida de seis meses.
Consultados pela reportagem, Felipe e sua advogada preferiram não dar mais detalhes do processo.
Entenda o caso
Em 20 de março, Joanna e Felipe trocaram farpas no Twitter após a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos aprovar provas de 50m nos estilos para os Campeonatos Brasileiros Infantil de Inverno e Verão de natação.
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