Pan decide não mostrar handebol e só 200 pessoas veem Brasil vencer Cuba
A seleção brasileira feminina de handebol estreou vencendo nos Jogos Pan-Americanos, nesta quarta-feira, em Lima (Peru). Mas a vitória por 29 a 20 sobre Cuba, que deu mais trabalho do que o previsto, vai ficar na memória de menos de 200 pessoas. O comitê organizador decidiu não gerar imagens ao vivo da primeira fase da competição feminina.
Em um dia em que são disputados apenas jogos de vôlei de praia e handebol, ainda antes da Cerimônia de Abertura, a estreia de uma seleção que já foi campeã do mundo interessava a emissoras como as brasileiras Record TV e SporTV. As duas buscaram possibilidades de exibir o jogo de estreia do Brasil, sem sucesso.
Pelo que foi explicado a funcionários das duas emissoras, os organizadores não conseguiram garantir a infraestrutura mínima para gerar as imagens via internet. Por isso, haverá um apagão dos jogos de handebol feminino também na quinta (25) e no sábado (27), quando o Brasil pega Canadá e Porto Rico, respectivamente. As transmissões só começam no domingo, já nas semifinais. O torneio masculino, que será jogado depois, não terá o mesmo problema.
Nesta quarta, a estrutura provisória montada dentro do ginásio poliesportivo 3 de Videna recebeu menos de 80 torcedores. Juntos, os funcionários da organização, os árbitros, oficiais de jogo, seguranças, policias e profissionais de imprensa estavam em maior número do que a torcida - formada principalmente por brasileiros. O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, viu o jogo com o chefe da delegação, seu vice Marco La Porta.
O jogo foi mais pegado do que o previsto pela seleção brasileira, que é atual pentacampeã e não perde uma partida em Jogos Pan-Americanos desde 1995. Cuba abriu 2 a 0 o técnico Jorge Dueñas não teve medo de arriscar. Com o Brasil com uma jogadora suspensa por dois minutos, ele tirou a goleira Babi e colocou em quadra uma ponta, deixando o time sem goleira. Menos mal que a goleira cubana errou os dois arremessos que tentou para o gol vazio.
Enquanto a defesa não se acertava, o Brasil viu Cuba à frente no placar. As caribenhas chegaram a fazer 6 a 4, mas logo o time brasileiro virou para 7 a 6. A partir dali, a vantagem só aumento. No intervalo, o placar já mostrava 13 a 9.
Como costuma acontecer em jogos em que um time tem visível superioridade técnica, o Brasil deslanchou com gols de contra-ataque. Dueñas aproveitou para rodar o time. Das 12 jogadoras de linha do elenco, só a veterana Deonise não fez gol. Com seis, a ala Bruna de Paula foi a artilheira da equipe.
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