COB não quer que você se preocupe com quadro de medalha na 1ª semana do Pan
O Brasil disputa os Jogos Pan-Americanos de Lima sonhando com o segundo lugar no quadro de medalhas. Mas quando o torcedor brasileiro acompanhar os resultados daqui a uma semana, provavelmente não verá a delegação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) tão bem posicionada. Os dirigentes sabem disso e tentam se preparar para uma eventual pressão. O calendário da competição, feito em conjunto pela PanAm Sports e pelo Comitê Organizador, colocou a maioria dos esportes em que o Brasil se destaca no final.
Tradicionalmente, as provas de natação e de atletismo de pista acontecem em períodos diferentes, para dividir a atenção da mídia e dos torcedores. Mas, em Lima, as duas modalidades vão coincidir: as duas começam no dia 6 de agosto, já durante a segunda semana de competições. O judô, que tradicionalmente abre eventos poliesportivos como o Pan, também foi jogado para os últimos dias.
Nas últimas duas edições do Pan, o Brasil ganhou 141 medalhas. Atletismo, judô e natação foram as três que mais deram medalhas. Só em Toronto-2015 foram responsáveis por 52 delas. Além disso, outras modalidades importantes para o esporte brasileiro também terão suas disputas na parte final do Pan de Lima, como vela, vôlei e tênis de mesa.
"Isso acaba sendo ruim porque joga pressão no atleta que compete no final. Ele acha que tem que ganhar a medalha porque existe a cobrança. Essa é uma preocupação nossa", diz Marco La Porta, vice-presidente do COB e chefe da delegação brasileira em Lima.
O comitê tem evitado fazer uma projeção de medalhas. Os dirigentes alegam que primeiro precisam saber exatamente quem serão os atletas inscritos por outros países. Mas La Porta admite que a conta começa em 140 medalhas, pelo menos. "Se você vem de dois Pans com 141 medalhas, tem que ficar próximo desse número. Estou confiante que a gente possa ser o segundo lugar. Sempre ficamos na frente do Canadá. Só ficamos atrás em Toronto porque eles estavam em casa", avalia.
Uma preocupação do COB é o desempenho da Colômbia. Os colombianos, apoiados principalmente em modalidades que não estão nos Jogos Olímpicos, como patinação, raquetebol e pelota basca, terminaram à frente do Brasil nos Jogos Sul-Americanos, no ano passado, na Bolívia. "Tudo bem que a gente não foi inteiro, mas eles ganharam. Eles devem roubar algumas medalhas", projeta o chefe da missão.
Em Toronto, como de costume, os Estados Unidos ganharam com folga, somando 265 medalhas, 103 de ouro. O Canadá ficou em segundo, com 218 medalhas, 78 delas de ouro. O Brasil terminou em terceiro. Ganhou 141 medalhas, das quais 42 foram de ouro.
As competições do Pan começaram nesta quarta-feira, com jogos de handebol e vôlei de praia. Mas as primeiras medalhas vão ser distribuídas só no sábado, no primeiro dia oficial do Pan. A Cerimônia de Abertura é na sexta-feira, às 20h de Brasília.
As competições de pista de atletismo e de natação do Pan de Lima-2019 começam no dia 6 de agosto, e, não, no dia 6 de julho, ao contrário do que foi inicialmente reportado.
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