Bloqueio de rua para maratona do Pan impede peruanos de chegar ao trabalho
A estratégia de colocar a maratona feminina para abrir os Jogos Pan-Americanos de Lima como forma de motivar a torcida peruana deu certo. As ruas de Miraflores, bairro nobre de Lima, viraram arquibancada de futebol para a passagem das maratonistas, especialmente a da local Gladys Tejeda, uma das poucas estrelas do esporte olímpico dos donos da casa.
A organização, porém, foi bastante criticada por peruanos que não conseguiram chegar ao trabalho na manhã deste sábado (27), impedidos pelas ruas fechadas pelos organizadores. A prova acontece principalmente em corredor de cerca de oito quilômetros pelas avenidas Arequipe e José Larco, num circuito de mão dupla em sua maior parte. Mas não há passarelas para os pedestres irem de um lado ao outro.
Quem está de um lado da avenida não consegue atravessar até o outro. Carmen, administradora, era uma das pessoas irritadas. "Falta organização. Todo mundo sabia que ia ter a corrida, disseram que estaria tudo fechado, mas só pra carros. Devia ter uma forma de passar ao outro lado. É uma piada", reclamou.
Iolanda Valdez contou à reportagem que estava há meia hora. Já foi de um lado a outro da avenida sem conseguir passar. Ela trabalha em um salão de beleza e já ligou avisando que vai atrasar. "Está uma palhaçada. Deveriam ter criado uma estratégia para permitir a circulação de pedestres".
Questionado pelos trabalhadores, um policial disse que não há o que fazer e é preciso ter paciência. Depois, porém, os organizadores cederam. Sem nenhuma corredora à vista, abriram passagem para um mar de gente atravessar a pista e seguir a vida.
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