Topo

Pan 2019

Triatletas fazem dobradinha e levam primeiras medalhas brasileiras no Pan

Luisa Baptista com a medalha de ouro do triatlo, a primeira conquistada pelo Brasil no Pan de Lima-2019 - Marcos Brindicci / Lima 2019
Luisa Baptista com a medalha de ouro do triatlo, a primeira conquistada pelo Brasil no Pan de Lima-2019 Imagem: Marcos Brindicci / Lima 2019

Do UOL, em Lima (Peru)

27/07/2019 14h31

O Brasil conquistou, no começo da tarde deste sábado (27) em Lima, a sua primeira medalha pelos Jogos Pan-Americanos. Em uma disputa entre brasileiras na parte final da prova feminina de triatlo, a paulista Luisa Baptista, de 25 anos, conquistou a medalha de ouro. É o primeiro ouro do Brasil no Peru e também o primeiro de uma triatleta nacional pelo Pan.

A cearense Vittoria Lopes, de 23 anos, que liderou as parciais de natação e ciclismo, foi superada na fase da corrida e terminou em segundo lugar. A mexicana Cecilia Perez ficou com a medalha de bronze.

Brasileiras do triatlo fazem dobradinha no Pan-2019 - Marcos Brindicci / Lima 2019  - Marcos Brindicci / Lima 2019
Brasileiras do triatlo fazem dobradinha no Pan-2019: Luisa Baptista (de costas), que levou o ouro, abraça Vittoria Lopes, que conquistou a prata
Imagem: Marcos Brindicci / Lima 2019

COB inverte medalhas ao parabenizar brasileiras no Twitter - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

COB inverte medalhas

A dobradinha das brasileiras foi tão inesperada que até o Comitê Olímpico Brasileiro foi pego de surpresa. No primeiro tuíte publicado na conta do Time Brasil (@timebrasil) sobre o assunto, a posição da dupla foi invertida, com o símbolo do ouro antes do nome de Vittória.

Além disso, nenhuma das TVs que transmitem o evento mostrou a prova ao vivo para o Brasil.

Minutos depois, a confusão foi desfeita e a postagem correta do COB foi para o ar, possibilitando que os internautas parabenizem as triatletas pela conquista. Veja abaixo:

"Eu estou muito feliz. É o resultado mais especial da minha carreira. Estava muito confiante e nervosa ao mesmo tempo. Sabia que o resultado poderia vir, mas foi muito trabalho, de 8 anos, quando comecei no triatlo. Que venham outros resultados como esse para o Brasil", afirmou Luísa após a prova.

A paulista conta que mudou sua estratégia para conseguir um bom ritmo no final e que ela e Vittoria se ajudaram para fechar a prova com as duas nas primeiras colocações.

"A estratégia era ir com a Vittoria. Eu sabia que, com ela segundos na frente, poderíamos fazer duas medalhas. Segurei o ritmo, fiz um trabalho conservador no ciclismo para ter perna na corrida e conseguirmos definir no final e trazer a dobradinha. O triatlo é individual, então, se trabalhar em equipe, é uma vantagem tremenda. Quando vi que tinha vantagem sobre a mexicana, segurei a corrida para levar a Vittoria o máximo que pudesse, e deu certo. Foi suficiente para que abríssemos de vez pra mexicana", explicou a triatleta.

O resultado recoloca o Brasil entre as potências pan-americanas da modalidade, que começa com 1,5km de natação em águas abertas, segue para 40km de ciclismo e termina com 10km de corrida. O país havia passado em branco no Pan de Toronto-2015 e não subia ao pódio desde Guadalajara-2011, quando ganhou no masculino com Reinaldo Colucci e foi bronze no feminino com Pâmela Oliveira.

O ouro de Luísa é o primeiro do triatlo feminino brasileiro em Jogos Pan-Americanos. O melhor resultado havia sido de Carla Moreno, prata em Winnipeg-1999.