Prata no Pan cita preconceito com boliche e sonha com esporte na Olimpíada
O brasileiro Marcelo Suartz foi medalha de prata no boliche individual masculino nos Jogos Pan-Americanos de Lima. O atleta, que lutava pelo bicampeonato na modalidade, comentou a derrota para o norte-americano Nicholas Pate e afirmou que sua modalidade ainda é vista com preconceito.
Atualmente, o boliche não faz parte da agenda olímpica. Este, inclusive, é um sonho do atleta de 31 anos, que tentava o bicampeonato. "(O Pan) É a nossa Olimpíada, com certeza. Sempre foi um sonho, para mim, estar num Pan e chegar no lugar mais alto. Eu ainda sonho com o boliche um dia na Olimpíada, ser reconhecido como esporte olímpico. Ainda rola um preconceito de algumas pessoas, só porque não é um esporte conhecido. Mas é o segundo mais praticado do mundo. É uma honra estar representando o Brasil e trazer mais uma medalha."
A decisão do Pan-2019 foi bastante equilibrada. Suartz perdeu por apenas um pino de diferença. "Natação tem um décimo, um ponto no vôlei, um gol no futebol. E é um pino no boliche. Eu não me arrependo de nada. Dei o meu melhor e saio com a prata do Pan", disse.
O brasileiro ainda apontou que vive realidade diferente dos outros atletas da modalidade, principalmente quando comparado aos norte-americanos. "Hoje estou começando a pegar pesado nessa parte de palestras de alta performance. Levo o boliche em paralelo. Esses caras que estão aqui são os melhores do mundo, tanto que o atual campeão mundial nem se classificou para a final. Eles vivem do boliche, a realidade é um pouco diferente da minha."
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