Repórter do Pan e longe da irmã, Branca come o que não podia como atleta
Branca Feres nunca tinha ficado tão longe da irmã gêmea Bia publicamente, mas essa história mudou nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Elas estão em diferentes países e emissoras: Branca está no Peru como repórter do BandSports, enquanto Bia participa do programa Dancing Brasil, da Record.
Como esportistas, as duas tinham que ter a química perfeita no nado sincronizado. Ficaram conhecidas como "as gêmeas" da modalidade. Agora, longe da irmã e pela primeira vez como repórter, Branca tem rotina bem diferente.
"A gente está separada. Eu estou em uma emissora, e ela está na outra. Está sendo um desafio muito grande para mim, porque eu sempre faço tudo com ela. Quando eu tenho ela do meu lado, tem uma química muito forte. Se fala algo, ela pega e vai. Nunca ficamos tanto tempo separadas. A gente se fala o dia todo. Hoje ela vai dançar, eu acordo de madrugada. Eu mando coisa para ela me dar feedback, e ela me manda coreografia. A gente está longe, mas está perto", contou, ao UOL Esporte, durante um dos trabalhos como repórter no BandSports.
Branca acompanhou ontem (29) a ginastica artística do Brasil. Os atletas reconhecem a amiga de longe, já que ela competiu no nado no Pan de Toronto, em 2015, e na Olimpíada do Rio, no ano seguinte.
A experiência como repórter em uma competição que já fez parte da carreira de Branca como esportista é positiva por não ter tantas restrições no dia a dia. A hoje repórter contou que gosta de não precisar ficar fazendo dieta e que até experimentou chá de coca, proibido quando competia por ser acusado como doping nos exames.
"Eu não preciso fazer dieta, posso comer o que quiser, e está tudo ótimo. Eu experimentei muita coisa e fiz compras, tem muita coisa bonita aqui. Experimentei chá de coca que não poderia, porque é doping e realmente dá uma disposição a mais", relatou.
Adeus também à rotina de treinos rigorosos. "No último Pan eu estava competindo, e agora estou do outro lado. Eu consigo realmente viver o Pan, consigo acompanhar tudo, e antes eu ficava muito focada só no treino. E tem um lado muito bom de não ser atleta: eu não tenho que cair na água gelada com esse frio, e também a gente consegue aproveitar o lado da torcida, que é gostoso", ressaltou, lembrando o frio do inverno peruano.
Branca está diariamente, meia-noite, no BandSports, no programa Lado B, que mostra os bastidores dos Jogos Pan-Americanos.
Ela também tem entradas ao vivo em programas do canal e contou do frio na barriga que dá. "Repórter também da adrenalina. Eu entrei ao vivo sozinha e eu nunca tinha feito isso, a adrenalina é igual de atleta", disse.
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