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Pan-2019: Canadá vira ameaça em momento de calendário frágil para o Brasil

Com Chico Barretto em alta, ginástica artística se despede do Pan Imagem: REUTERS/Susana Vera

Do UOL, em São Paulo

31/07/2019 23h56

O calendário do Pan de Lima-2019 chegou nesta quarta-feira (31) a um momento de fragilidade para o Time Brasil. A equipe da ginástica artística se despediu em grande estilo, é verdade, com mais quatro medalhas. Mas, com atletismo, natação e judô reservados para a última semana, em vez de manter o ataque ao México no quadro de medalhas, a delegação nacional agora vê o Canadá se aproximar, ficando a um ouro de assumir o terceiro lugar.

Não foi um dia de muitas finais, diga-se. Os peruanos assistiram a apenas 15 disputas por medalha como um todo. Para efeito de comparação, a próxima quarta (7) terá 26 provas valendo pódio.

Num universo reduzido assim, só os ginastas mesmo contribuíram com a contagem brasileira. E aqui começamos por Chico Barretto, que, de modo surpreendente, saiu como o grande nome da modalidade, com três ouros conquistados, o último deles na prova de barra fixa. Ele teve a companhia de Arthur Nory no pódio, em mais uma dobradinha histórica.

Chico Barretto vai voltar com a mala mais pesada Imagem: Washington Alves/COB

Caio Souza e Flávia Saraiva também ganharam suas terceiras medalhas neste Pan. Caio levou a prata nas barras paralelas e Flávia, o bronze no solo. Com 11 pódios (quatro ouros, quatro pratas e três bronzes), esse foi o melhor desempenho de ginastas brasileiros na história o Pan.

Excelente, não? O problema é que, expandindo para outras modalidades, o Canadá ganhou mais durante o dia. Foram três ouros (um solo na ginástica artística feminina e dois no nado artístico), três pratas (trave na ginástica artística, adestramento no hipismo e squash) e um bronze (tiro esportivo).

Os canadenses agora têm 11 medalhas de ouro, uma a menos que os brasileiros. Em termos de desempate, levariam hoje ampla vantagem, com 22 pratas, contra apenas dez do Time Brasil. O México se mantém em segundo, com 14 ouros. Na liderança, os Estados Unidos já acumulam 33.

A equipe brasileira do nado artístico terminou em 4º; o ouro foi do Canadá Imagem: PEDRO PARDO / AFP

Calma, que tem o badminton

Não é que o Brasil não possa ganhar medalhas nos próximos dias também. O badminton tratou de sanar parte desse problema. Nesta quarta, a modalidade garantiu presença em cinco semifinais. O que significa que cinco medalhas já estão asseguradas - mesmo que percam seus próximos jogos, ao menos o bronze será contabilizado. Esse é um recorde para a modalidade.

Um dos destaques do continente, Ygor Coelho eliminou Timothy Lam, dos Estados Unidos, por 2 sets a 0. O carioca de 22 anos ganhou três ouros nos Jogos Sul-Americanos de 2018 e é o atual bicampeão do Campeonato Pan-Americano da modalidade (não confundir com os Jogos Pan-Americanos).

Ygor Coelho venceu três partidas pela chave masculina para chegar à semi Imagem: Wander Roberto/COB

Pelas duplas masculinas, os irmãos Fabrício e Francielton Farias bateram os guatemaltecos Rodolfo Ramírez e Jonathan Solis por 2 a 1. Pelas duplas mistas, Fabrício voltou à quadra acompanhado por Jaqueline Lima e eles despacharam os dominicanos Nelson Javier e Nairoby López. Pelas duplas femininas, Tamires Santos e Fabiana Silva bateram as chilenas Constanza Naranjo e Ashley Monroe por 2 a 0, enquanto Sâmia Lima e Jaqueline Lima venceram as peruanas Danica Nishimura e Daniela Macias por 2 a 1. Isto é: podemos ter uma decisão só de brasileiras nessa chave.

O problema é que o Canadá tem ainda mais representantes nas semifinais da modalidade, com oito medalhas já computadas.

Outra raquete

No tênis, pela segunda rodada, João Menezes não teve dificuldade para bater o uruguaio Franco Rocadelli por 2 sets a 0 (6/4 e 6/0) para avançar às oitavas de final. Seu adversário será o argentino Francisco Cerundolo. Menezes vive o melhor momento de sua carreira no circuito profissional. É o atual 212 do mundo, vindo de uma final, tendo vencido oito de seus últimos dez jogos antes de chegar a Lima.

O jovem Thiago Wild também segue vivo na disputa e enfrentará outro argentino, Guido Andreozzi, que é o cabeça de chave número dois.

Pela chave feminina, segunda rodada, Luisa Stefani foi eliminada pela canadense Jada Anne Bui em dois sets. Carolina Meligeni, sobrinha do ex-tenista Fernando, campeão pan-americano em Santo Domingo-2003, ainda vai jogar pela segunda rodada, contra a argentina Victoria Bosio.

Não deu onda

Se no circuito mundial de surfe a chamada "tempestade brasileira" é tema dominante, no Pan os compatriotas de Gabriel Medina não foram bem. Tanto Robson Santos como Karol Ribeiro foram eliminados na segunda rodada da repescagem.

Coletivos

Raul Nantes mostra toda sua impulsão em vitória do Brasil pelo handebol Imagem: Jonne Roriz/COB

O torneio de handebol masculino começou nesta quarta, e a seleção brasileira venceu o México por 33 a 23. Para constar, o basquete masculino também deu partida. Mas o Brasil nem conseguiu se classificar nessa modalidade. Favorita, a Argentina humilhou o Uruguai na estreia, vencendo por 102 a 65. Impressionante.

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