Zé Roberto Guimarães prepara adeus ao vôlei: "Será minha segunda morte"
A cada jogo, a cada competição, o técnico José Roberto Guimarães, 65, vive momentos de marcantes contagens regressivas à frente da seleção brasileira feminina de vôlei. Esse é o último ciclo olímpico de quem já tricampeão dos Jogos - duas vezes com as mulheres e uma vez com os homens. Aos 65 anos ele se prepara para o momento em que poderá pensar mais em sua família e em sua vida afastado da modalidade.
Depois da vitória de 3 sets a 0 sobre os Estados Unidos, que colocou o Brasil na semifinal do Pan de Lima hoje (09), o treinador entrou em modo reflexivo. Ontem foi o aniversário de um ano da neta de sua neta, e ele não estava com a família. Esse distanciamento tocou o treinador.
"Foi aniversário de um ano da minha netinha, e eu estou aqui. A família toda tirando foto. É o momento de eu começar a pensar não mais falar na terceira pessoa, pensar também na família, minhas coisas, outras coisas e deixar que outro dê continuidade ao trabalho", disse.
Ao mesmo tempo em que lamenta essa separação constante dos momentos familiares, ele se emociona ao falar sobre o vôlei e sentir que isso está prestes a ficar para trás. O Pan de Lima é o último. A Olimpíada de Tóquio também será a última que virá.
"A gente vai entendendo o momento de parar ao longo dos anos. A gente já construiu muita coisa juntos. Eu vou sentir. Eu morri a primeira vez quando parei de jogar aos 34 anos, vai ser a minha segunda quando eu parar de ser treinador e deixar de entrar numa quadra e a terceira vai ser a que vai ter que ser", comentou o técnico, que deve se aposentar da seleção e da carreira de treinador.
No Pan, o treinador já opina sobre quem gostaria que ficasse em seu lugar, Paulo Coco, que é da comissão técnica do Brasil no Pan. "Se pudesse escolher, escolheria o Paulinho, que hoje é um dos melhores do mundo. Tudo tem começo meio e fim", ressaltou.
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