O Jogo Sagrado, no ar desde março de 2018, era a aposta da Fox para enfrentar a dura concorrência de Galvão Bueno e seu Bem Amigos nas noites de segunda-feira. E, apesar das falhas e deslizes, era um formato original. A atração unia informação e entretenimento, sempre tinha um convidado no estúdio, uma entrevista na casa de algum técnico ou jogador e disputas de videogame ou futmesa com os convidados. Benjamin Back comandava a atração ao lado de Lívia Nepomuceno e o JS ainda contava com a participação de Rudy Landucci, humorista especialista em imitações de personalidades do esporte.
Era um modelo anárquico e dinâmico que, às vezes produzia algumas saias justas. A maior delas foi na edição de 22 de abril deste ano, quando Benja se perdeu e esqueceu de colocar no ar o atacante cruzeirense Pedro Rocha, que aguardava para ser entrevistado em sua casa pelo repórter Vinicius Nicoletti. Após 42 minutos de espera, o jogador se irritou e pediu para que o link de transmissão fosse desmontado, causando um climão para Benja. TV ao vivo tem dessas coisas. Mas nada que justificasse a pasteurização que a Fox promoveu na atração.
Todos iguais
O "novo" Jogo Sagrado, que estreou em julho após o término da Copa América, tornou-se uma variação do mesmo tema de outras programas da casa, como o Fox Sports Rádio, o Debate Final ou o Expediente Futebol. Ou seja. Só mudou o sofá de lugar. A sala e os ocupantes dela são praticamente os mesmos.
A edição da última segunda-feira (23) tinha entre os participantes o Benja de sempre, seus colegas de Fox Sports Rádio Oswaldo Pascoal e Fabio Sormani, o comentarista de arbitragem do canal, Carlos Eugênio Simon, e Leandro Quesada, um dos nomes fixos do Expediente Futebol. Completando o time estavam os ex-jogadores Carlos Alberto e Ricardo Rocha, outras figurinhas carimbadas no canal.
Os temas debatidos foram os mesmos tratados exaustivamente durante o dia nos outros programas da emissora. O assunto que abriu o Jogo Sagrado foi a recente rivalidade entre os técnicos Renato Gaúcho, do Grêmio, e Jorge Jesus, do Flamengo. A ideia era esquentar o principal jogo do ano da emissora, o Grêmio x Flamengo da próxima quarta, válido pela semifinal da Libertadores. O confronto que indicará o representante brasileiro na final do principal torneio de clubes da América do Sul terá transmissão exclusiva da Fox na TV paga. No total, o duelo entre o tricolor gaúcho e o rubro-negro carioca consumiu um terço da atração, mais precisamente 32 minutos da cerca de uma hora e meia de programa.
Galvão agradece
Na sequência, o Palmeiras ganhou a atenção dos especialistas. Foram 18 minutos de discussões, discordâncias e convergências sobre o time de Mano Menezes, que vinha de quatro vitórias seguidas no Brasileirão (hoje são cinco). Houve consenso de que o Palmeiras é o principal adversário do Flamengo na luta pelo título.
A controversa atuação do paraense Dewson Freitas, que marcou três pênaltis, dois deles inexistentes, na vitória do Corinthians sobre o Bahia foi a deixa para que Simon fizesse um balanço da arbitragem na rodada. Para o gaúcho, o trabalho dos juízes no final de semana foi tenebroso, com falhas graves até de estrelas do apito, como Anderson Daronco no Vasco e Athlético e Raphael Claus no Cruzeiro e Flamengo.
A última meia hora do Jogo Sagrado foi dividida entre Corinthians, com as críticas do técnico Fábio Carille aos jovens jogadores do time como Pedrinho e Mateus Vital; a vitória do São Paulo sobre o Botafogo e a desesperadora situação de Fluminense e Cruzeiro, que perderam seus jogos no final de semana e estão na zona de rebaixamento do Brasileirão. E assim terminou o programa. O nome é Jogo Sagrado. Mas poderia ser Expediente Futebol, Debate Final e Fox Sports Rádio que daria quase na mesma. SporTV e Bem Amigos agradecem.
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