Brasil encerra 14 anos de jejum de vitórias no mundial de motovelocidade
Resumo da notícia
- Eric Granado venceu as duas baterias da MotoE no fim de semana
- Brasil não vencia uma corrida do mundial de motovelocidade desde 2005
- Brasileiro de 23 anos admite ser este o melhor momento da carreira
- Última vitória havia sido de Alexandre Barros, pela MotoGP em 2005
Foram 14 anos de seca até que o Brasil voltasse ao topo de uma corrida do mundial de motovelocidade. E o hino nacional foi tocado em dose dupla no fim de semana, já que Eric Granado, numeral 51, faturou as duas baterias da MotoE, categoria de motocicletas elétricas, realizadas em Valência, na Espanha.
Granado não só fechou a última etapa da temporada em alta como, também, graças ao triunfo duplo (um no sábado, outro no domingo), finalizou na terceira colocação geral da categoria inaugurada em 2019. O italiano Matteo Ferrari ficou com o título.
"É o meu melhor momento da carreira, de muito trabalho, muito sacrifício. Terminar no top-3 do mundial, ser o primeiro brasileiro a conseguir esse resultado", disse o piloto ao UOL Esporte.
O brasileiro de 23 anos teve um fim de semana perfeito no Grande Prêmio de Valência. Depois de cravar o melhor tempo e largar na pole position nas duas corridas do fim de semana, ele, enfim, venceu a primeira prova pelo Brasil no mundial desde 2005.
"São as maiores e mais importantes vitórias da minha carreira, sim", afirmou, sem hesitar. "É muita emoção, algo que sempre sonhei, desde pequeno. Confesso que foi difícil segurar o choro, passa muita coisa na cabeça naquele momento (do hino, na cerimônia de premiação). Você só quer que continue acontecendo essas coisas, porque é algo que sempre sonhei, sempre quis. Por duas vezes consegui que o hino tocasse, foi muito gratificante. Eu fiquei muito feliz."
Antes do feito de Granado, Alexandre Barros havia sido o último vencedor brasileiro de uma corrida do mundial. Ele venceu no GP de Estoril, em Portugal, pela MotoGP, em 2005.
Em destaque ao final da temporada, o #51, que teve contrato renovado para correr a MotoE em 2020, quer buscar o título no próximo ano para se tornar referência do esporte no Brasil. "[Almejo chegar] Na MotoGP. É o primeiro passo. E então conseguir ser campeão mundial. Meu objetivo sempre foi esse e sempre vai ser. Ser campeão mundial na Moto2, na MotoE, na MotoGP, é um sonho que tenho e quero realizar. Se eu conseguir esse feito, eu espero que acabe virando um ícone no esporte, uma referência. Um ídolo para as crianças, porque não é fácil, é uma caminhada longa e difícil", pontuou.
Com a dobradinha, Granado saltou para a terceira posição geral na temporada, o que lhe rendeu participação na noite de gala organizada pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo). O resultado foi conquistado mesmo com quedas ao longo do ano.
"Em 2020, espero ser constante como fui neste fim de semana. Eu aprendi bastante nesta temporada que a consistência é muito importante no campeonato. Ele é muito curto e você não pode errar. Eu paguei caro no final do ano porque caí em duas etapas. Eu ainda fiquei em terceiro. Isso indica que era um dos candidatos a vencer e não aconteceu por esses motivos. Levo como aprendizado e, ano que vem, farei o melhor para que isso não se repita."
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