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Empresa dona de helicóptero que caiu com Kobe suspende operações

Oficiais investigam a cena do acidente aéreo que matou Kobe Bryant - RINGO CHIU/REUTERS
Oficiais investigam a cena do acidente aéreo que matou Kobe Bryant Imagem: RINGO CHIU/REUTERS

Juliana Borba

Colaboração para o UOL, em Los Angeles (EUA)

31/01/2020 02h19

A Island Express Helicopters, empresa que era proprietária da aeronave que se acidentou no dia 26 de janeiro, em Calabasas (EUA), resultando na morte de Kobe Bryant e outras oito vítimas, anunciou nesta quinta (30) que suspendeu suas operações por tempo indeterminado.

"O choque pelo acidente afetou todo nosso estafe, e a diretoria decidiu que o serviço deve ser suspenso por um tempo, uma medida apropriada tanto para nosso estafe como para clientes", divulgou a companhia em um comunicado.

A empresa está em atividade desde 1986 com helicópteros Sikorsky S-76, modelo que transportava o ídolo do Los Angeles Lakers, sua filha Gianna e mais sete passageiros. Essa nave em particular foi fabricada em 1991.

Um piloto de helicópteros que atua há 20 anos em Los Angeles e prefere ficar anônimo conversou com o UOL hoje e disse que conhecia bem a Islands Express Helicopters. No segmento, a empresa tem reputação exemplar tanto para manutenção das aeronaves quanto em suas operações, de acordo com a fonte. "Pela comunicação do piloto com os controladores, do que foi divulgado, não ouvi nada de anormal ou que levantasse qualquer suspeita de algo não estava bem [com a nave]", afirmou.

O especialista comentou também que, em situações de voo em condições visuais —como no caso da interrompida viagem—, é responsabilidade do piloto verificar a visibilidade no momento e tomar as decisões com relação à segurança da aeronave.

Ainda é cedo para concluir se a ausência de um dispositivo de bordo que previne impactos no helicóptero teve algum papel no trágico episódio, num dia de densa névoa na região.

No entanto, o órgão federal americano que lidera das investigações, o National Transportation Safety Board (NTSB), afirmou que já havia recomendado em ao menos duas ocasiões que esse tipo de dispositivo se tornasse obrigatório em aeronaves do tipo e que o FAA (Federal Aviation Administration) falhou em implementá-las.

Contatado pelo UOL, o porta-voz da Divisão Pacífico da FAA, Ian Gregor, disse que a investigação, liderada pelo NTSB, pode levar mais de um ano para determinar a causa mais provável do acidente.