Cartola diz que foi ruim Bolsonaro usar camisa do Bahia ao andar de jet ski
O presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, comentou hoje o fato de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter usado a camisa do clube durante um passeio de moto aquática no último sábado (9), quando o país chegava às 10 mil mortes por coronavírus. Ele classificou como "ruim" ver a camisa do clube associada ao momento.
"Naturalmente foi ruim ver a camisa do Bahia relacionada ao momento dos 10 mil mortos, mas cada um usa a camisa do Bahia...Não posso condenar o presidente da República de jeito nenhum. Dentro da torcida do Bahia tem pessoas que votam em A, B e C. Não posso ficar aqui condenando pessoas especificamente. Tenho que lutar por causas. E é isso que o Bahia tem feito", afirmou Bellintani em entrevista ao programa Isso é Bahia", da rádio A Tarde FM.
O presidente do tricolor aproveitou ainda para defender a política de isolamento social, medida classificada pelos especialistas como a mais eficaz no combate ao coronavírus, mas criticada por Bolsonaro.
"A gente entende que a política de isolamento social, lógico que dentro das circunstâncias de quem puder ficar em casa, ficar. Isso que a gente defende. A história vai mostrar que quem defende isso tem razão. Tenho certeza disso. Os países que estão afrontando essa estratégia estão indo por água abaixo. O Bahia vai ser parceiro de todas essas campanhas que prezam pelo avanço social equilibrado e justo", argumentou.
Bellintani ressaltou ainda que não é esse o tipo de destaque que o clube gostaria de ter e que quer ser conhecido pelo "enfrentamento de problemas sociais graves".
"A gente quer ser conhecido por notícias positivas e pelo enfrentamento de problemas sociais graves. O Bahia escolheu a política afirmativa de combater problemas sociais graves, de defender causas humanitárias. Isso a gente tem feito sempre no combate ao racismo, no combate ao assédio a mulher no futebol, nas campanhas de reconhecimento de paternidade, na inclusão LGBT no futebol e na sociedade como um todo, no fim do preconceito, na redução do preconceito. São causas que o Bahia defende arduamente. Causas humanitárias. A gente vai continuar defendendo, inclusive em relação ao coronavírus", disse.
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