Clubes contratam empresa de criador do EI para renegociar acordo com Turner
Sete dos oito clubes que tem contrato com a Turner para o Brasileirão 2020 - Athletico-PR, Coritiba, Fortaleza, Palmeiras, Santos, Ceará e Bahia - decidiram contratar a empresa Livemode para negociar uma saída entre os times e a programadora. A Livemode tem como um de seus sócios Edgar Diniz, fundador do Esporte Interativo e ex-executivo de Esportes da própria Turner.
Segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, a decisão dos clubes em negociar em bloco e contratar a empresa para tocar o imbróglio preocupou a programadora, que espera uma negociação muito dura. A Livemode já é conhecida no mercado por saber negociar bons acordos para os seus parceiros comerciais.
É a primeira vez que estes clubes decidem negociar juntos as divergências com a da Turner, algo curioso, já que a história recente indica que as equipes costumam resolver os seus problemas individualmente. A exceção é o Internacional, que seguirá resolvendo sua questão com a Turner diretamente, sem representantes.
Entre os negócios feitos recentemente pela empresa, estão contratos comerciais e de direitos de transmissão da Copa do Nordeste, absolutamente rentável para os clubes que a disputam. Outra negociação, essa com mais alarde e feita pela Livemode, foi o contrato da Globo com o Athletico-PR para exibição em TV aberta das partidas do Furacão no Campeonato Brasileiro.
O contrato foi absolutamente vantajoso para o Athletico e fez o clube paranaense ser o que mais ganhou dinheiro no ano passado da Globo com transmissões, já que suas partidas tinham que ser exibidas em TV aberta para não ficarem "às escuras". Foram 19 partidas transmitidas do Athletico pela emissora carioca em 2019, o que fez o clube angariar R$ 20,4 milhões.
A principal missão da Livemode é tentar garantir os pagamentos de cotas de transmissão do Brasileirão 2020, que foram suspensas pela Turner durante a pandemia do novo coronavírus e apaziguar os ânimos entre as duas partes.
Desde o início do ano, os clubes e a Turner vivem um litígio porque a Turner alega que os times descumpriram cláusulas de contrato acordadas para a transmissão. O principal descumprimento, na visão da programadora, é o número limitado de jogos que a emissora pode fazer "de praça para praça" — ou seja, transmitir uma partida para mesma cidade onde ela é realizada.
Entre as outras queixas da programadora, estão o vazamento ilimitado de partidas para a TV aberta, fazendo com que vários jogos que deveriam ser exibidos apenas na TNT passassem também na Globo. Também incomodam a falta de entrevistas exclusivas que estavam previstas em contrato e que não foram autorizadas.
Por fim, o último ponto apontado pela Turner são as críticas de dirigentes aos acordos, principalmente feitas por presidentes, principalmente de Santos e Fortaleza, que ocorreram publicamente por meio da imprensa. A emissora afirma que isso fere o termo de confidencialidade do contrato firmado.
A primeira notificação sobre o assunto enviada pela Turner aos oito clubes chegou em novembro de 2019. Naquela ocasião, apenas o Athletico-PR respondeu. Com isso, a Turner reclamou com os clubes na segunda notificação, dizendo que se eles não queriam debater sobre o assunto e deram a entender que não tinham mais a programadora como parceira. Em 24 horas, todos os clubes responderam a questão, segundo fontes na programadora.
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