Ex-piloto Zanardi segue em coma induzido e em estado grave após acidente
O ex-piloto de Fórmula 1 Alessandro Zanardi, de 53 anos, está em coma induzido e permanece em estado grave depois de sofrer um grave acidente ontem, durante uma etapa de uma prova de paraciclismo em Pienza, na província de Siena, na Itália. As informações são do boletim médico divulgado pelo hospital Santa Maria alle Scotte.
Ele foi submetido a uma neurocirurgia ontem que durou três horas. "A condição de Alex Zanardi é séria, mas estável", disse Giuseppe Olivieri, médico que operou o ex-piloto, em entrevista à Associated Press. "Ele chegou aqui com um severo trauma craniano, o rosto esmagado e um osso frontal profundamente fraturado. Os números são bons, embora continue sendo uma situação muito séria", completou ele.
Ainda de acordo com o médico, só será possível avaliar melhor o estado neurológico de Zanardi "quando ele acordar - se ele acordar". A mulher Daniela, e o filho Niccolò, acompanham o ex-piloto no hospital.
"Condição grave significa que temos uma situação em que alguém pode morrer. A melhora leva tempo nesses casos. O agravamento pode ser repentino", disse Olivieri. O médico diz que agora quer estabilizar o paciente durante a semana ou pelos próximos 10 dias e acredita que ele pode melhorar. "Como disse à mulher dele, ele é um paciente que vale a pena ser tratado".
Segundo jornais italianos, Zanardi teria perdido controle da bicicleta adaptada e mudado de pista antes de ser atingido por um veículo. Ele teria batido a cabeça. Segundo relato de testemunhas, o resgate levou aproximadamente 20 minutos para chegar em razão da dificuldade de acessar o local do acidente, numa estrada que corta uma floresta.
Alex Zanardi, que também foi bicampeão da F-Indy, teve as pernas amputadas depois de sofrer um acidente em 15 de setembro de 2001. O piloto saía dos boxes no autódromo de Lausitzig, na Alemanha, quando rodou e foi para o meio da pista. O canadense Alex Tagliani, a mais de 300 km/h, acertou o carro do italiano. O piloto foi reanimado sete vezes e perdeu muito sangue. Por 15 minutos, sua circulação ficou praticamente parada.
Aos poucos, o atleta retornou ao esporte. A volta ao automobilismo foi rápida: em 2003 já estava pilotando no Europeu de Turismo. A chegada ao esporte paraolímpico demorou quatro anos.
Em 2007, inspirado no ex-piloto Clay Regazzoni, aceitou o convite para disputar prova de handbike e terminou em quarto lugar - com só quatro semanas de preparação. Em 2016, ele disputou a Paraolimpíada do Rio de Janeiro e conquistou duas medalhas.
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