Tática de divulgação da Turner confunde até Globo em guerra de transmissões
Em silêncio durante toda a disputa judicial sobre os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, a Turner usa a tática de sequer fazer propaganda dos jogos que transmitirá na TNT nas próximas rodadas, confundindo até mesmo alguns executivos e advogados jurídicos da Globo que monitoram a questão.
Segundo apurou o UOL Esporte, o silêncio neste caso é uma estratégia também jurídica da Turner. A programadora americana não quer antecipar os passos e dar mais munição para a emissora carioca. Por causa disso, mesmo após chegar em um acordo com os clubes para as transmissões, a empresa continua evitando fazer propaganda dos jogos.
A ordem pontual é manter o expediente adotado no último sábado, com Coritiba x Internacional: chamar o público nas redes sociais horas antes, entre cinco e seis horas antes da partida, e anunciar rapidamente sem muito alarde durante as transmissões da Champions League que normalmente vão acontecer antes.
Os jogos sem propaganda são uma estratégia jurídica. A Turner prefere só falar em juízo, como aconteceu no processo movido pela Globo para tentar uma liminar que impedisse a programadora exibisse jogos baseando-se na MP 984. A Globo não conseguiu a vitória na primeira instância, mas já recorreu da decisão.
A Turner, na sua resposta na ação, disse que a Globo quer "esvaziar, por completo, a MP 984/20, editada regularmente pela Presidência da República, que possui força de lei e presunção de constitucionalidade, segundo a qual o direito de arena pertence somente ao clube mandante, e não mais às duas entidades participantes do espetáculo".
O jogo da discórdia total entre as empresas será no fim de semana. A TNT promete exibir Coritiba x Flamengo e Palmeiras x Goiás, em uma rodada tripla que começará com um jogo da Champions League no sábado (15). Flamengo e Goiás, como se sabe, são times com contrato com o Grupo Globo na TV por assinatura.
Na Globo, a ideia é viver o dia a dia e ver os passos da Turner do jeito que eles acontecerem, mesmo que seja difícil monitorar a programadora e suas estratégias, que não dão muita margem para monitoramento. Os capítulos na Justiça ainda prometem ser longos, e a Globo não pretende desistir fácil da situação.
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