Casagrande se emociona e diz que depoimento de filhos no Faustão o abalou
O comentarista Walter Casagrande relembrou os momentos difíceis que passou para superar a dependência em drogas e se emocionou em participação no "Encontro", programa da TV Globo apresentado por Fátima Bernardes. Um episódio importante que o ajudou a perceber que ele precisava se tratar foi uma participação no "Domingão do Faustão", com depoimento dos filhos.
"Quando fui no Faustão, teve depoimento dos meus filhos, aí a cobrança começou a vir ao vivo. Aquilo me chocou, eu não percebia que estava daquele jeito. Eu pensava: 'Parou de usar droga, tá resolvido'. Não, as pessoas têm mágoa, as pessoas sofreram, ficaram com raiva do meu comportamento. Principalmente filhos: 'Por que meu pai se afastou de mim?'. Começou a ficar chocante para mim", disse Casagrande, que lançou recentemente o livro "Travessia - As recaídas, os amigos, os amores e as ideias que fizeram parte da trajetória da minha vida".
O comentarista descreveu como a Copa do Mundo de 2018, quando conseguiu cumprir a meta de ficar sóbrio durante toda a competição, o marcou como momento mais marcante da vida. Ele também falou de como a dependência machucou quem estava próximo dele e como foi um processo complicado ganhar confiança novamente.
Hoje, ele vive próximo dos filhos, que o ajudam a administrar a vida. Esse processo foi inclusive profissional, em relação à Globo.
"A verdadeira recuperação de um relacionamento acontece naturalmente, não é contando história. Eles não queriam ouvir isso, as pessoas queriam ver a minha atitude, perceber a minha mudança, não é com palavras, é com atitude. Isso me fez recuperar meus relacionamentos, dentro da TV Globo também, tive de recuperar a confiança da emissora. Não foi só voltar a fazer jogo. Foi mais difícil que o tratamento de uma droga. Eu fiquei um ano em uma clínica, protegido. O mais difícil é quando você tem alta, quando abre a porta da clínica e volta pra sociedade."
Casagrande contou que o álcool era o principal gatilho para ele usar drogas, já que as bebidas baixavam seu senso crítico.
"Quando a gente bebe, a crítica dá uma abaixada. Para as pessoas que não têm dependência, não tem problema. Mas o cara que é dependente, na cabeça vem logo: 'Porra, acho que vou pegar uma cocaína. Poxa, só um tirinho, não vai dar nada'. Aí caiu a casa, porque o dependente químico, quando recaí, não recai devagar, ele vai para onde ele estava. Se acontecesse algo assim, o que não vai acontecer, eu ia voltar a como eu estava 15 anos atrás", afirmou o comentarista.
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