Tite aponta prejuízo por falta de jogos contra europeus: 'Traz experiência'
Treinador da seleção brasileira, Tite afirmou que a equipe é prejudicada, de uma maneira que ele não consegue dimensionar, por não conseguir enfrentar grandes seleções europeias em amistosos.
Desde setembro de 2018, as seleções europeias disputam a Liga das Nações nas datas antes reservadas para amistosos.
"Não sei dimensionar o tamanho do prejuízo de não enfrentar seleções europeias em amistosos, mas prejudica. Eu gostaria de ter esse tipo de jogo, assim como tivemos contra os africanos. São escolas diferentes, propostas diferentes. Seleções emergentes, seleções de escolas tradicionais. Gostaríamos de conviver e enfrentar essas seleções, pois traz experiência. Infelizmente não é possível. Só conseguimos antes da Copa. Agora, com a Nations League fica bem difícil mesmo", disse Tite, em entrevista ao Bola da Vez, exibida hoje na ESPN Brasil.
Outro prejuízo citado por Tite na preparação para as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022 é a falta de jogos causada pela pandemia do Coronavírus. O treinador contou que o processo de acompanhamento dos jogadores passou por muitas mudanças a partir da paralisação do futebol.
"O acompanhamento dos jogadores ficou bastante prejudicado na pandemia. Ficou uma coisa mais intelectual, passou a ser individual. Nas Eliminatórias, por exemplo, pegamos vários atletas que estavam em bons momentos na equipe para mudar a seleção. Agora, com o retorno dos jogos, voltamos a ir aos estádios para acompanhar in loco, mas a situação é muito ruim - não errada. Não tem a mesma atmosfera. Falta adrenalina, uma participação maior. De alguma forma, a gente vai ter que se habituar até que a solução apareça", acrescentou.
Concorrência tirou Marinho
Tite ainda falou sobre a ausência de Marinho na lista de convocados para os primeiros jogos das Eliminatórias - contra Bolívia e Peru. O treinador explicou que a posição disputada por Marinho é muito concorrida, citando outros destaques que foram convocados, como Everton Cebolinha, Neymar e Everton Ribeiro.
"Há setores que são mais concorridos e setores em que a gente tem que buscar mais opções. O Marinho, por exemplo, tem na concorrência o Cebolinha, destaque na Copa América, Neymar, que joga pelo lado, Gabriel Jesus, Everton Ribeiro, que flutua", disse.
Idade não é documento
O técnico da seleção brasileira ainda falou sobre a manutenção de jogadores experientes na seleção, como Thiago Silva e Daniel Alves e afirmou que não estabelece preconceitos por idade, citando também o caso de Gabriel Jesus, que estreou na seleção principal como titular muito jovem.
"Não posso assegurar nada, mas o acompanhamento e o movimento que ele fez para permanecer em uma grande liga foi perfeito. O Dani Alves vinha pós-cirurgia de joelho e foi o melhor da Copa América. Alto nível com condição técnica em um patamar elevado, além de força mental. Eu não tenho esse preconceito com a idade. Nem para menos. Gabriel Jesus, por exemplo, foi titular em um jogo muito importante contra o Equador muito jovem. O momento do jogador no clube ajuda na composição para a escalação", complementou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.