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Empresa acelera busca por TVs para transmissão da F1 no Brasil em 2021

Lewis Hamilton com o troféu de vencedor do GP de Eifel - Pool/Getty Images
Lewis Hamilton com o troféu de vencedor do GP de Eifel Imagem: Pool/Getty Images

Gabriel Vaquer

Colaboração para o UOL, em Aracaju

18/10/2020 04h00

A Rio Motorsports, nova dona dos direitos de transmissão da Fórmula 1 no Brasil, começou na semana passada a acelerar a busca por uma parceria para a exibição da categoria no mercado brasileiro a partir da temporada de 2021. A aceleração tem origens comerciais, já que patrocinadores atuais da transmissão da Globo manifestaram interesse em continuar com exposição. Existem conversas e interesses no momento, mas nada avançado.

A reportagem do UOL Esporte apurou que a Rio Motorsports tem como prioridade tentar um acordo para televisão aberta, por desejo da Liberty Media. A dona da Fórmula 1 sabe que é muito importante para as suas ambições manter a exposição para o grande público, até pela tradição das transmissões no país desde os anos 1970. A Rio Motorsports também quer essa manutenção por pedido de possíveis parceiros.

Por enquanto, existem três interesses ativos. Em maior escala, a Rio Motorsports conversa hoje com o SBT. A emissora de Silvio Santos analisa aumentar o seu portfólio na volta da cultura esportiva no canal, com a chegada da Copa Libertadores da América. O faturamento que a principal categoria de automobilismo carregaria ao SBT também é desejado nesse momento difícil que o SBT passa, com diversas demissões.

Em menor escala, Globo e Band ainda seguem interessadas. A primeira quer manter as transmissões, que rendem bom faturamento e audiência interessantes tanto na TV aberta quanto na fechada. O que pesa é conversar com Rio Motorsports, que aceita negociar com a emissora carioca, mas com condições em futuros contratos de televisão.

Entre as exigências estão espaço para os parceiros comerciais da nova dona dos direitos de transmissão, o que a Globo descarta. Porém, com as mudanças recentes no cenário do futebol, a Rio Motorsports entende que esse ponto é totalmente negociável.

A Band aparece como última opção. A emissora paulista não pretende pagar caro para ter qualquer direito, e isso vale para a Fórmula 1. A penetração não muito grande em algumas capitais também não agrada a Rio Motorsports, que quer uma emissora de verdadeira penetração nacional — apenas Globo, Record e SBT possuem essa entrada em praticamente todos os estados do país.

Para TV por assinatura, a Disney mudou o seu posicionamento. A empresa americana ainda tem interesse e negociará com a Rio Motorsports mesmo após a celeuma que teve em relação aos direitos da Moto GP. Na ocasião, a Disney descobriu que a empresa não repassava para a Dorna, organizadora da competição, os valores pela transmissão da categoria. A Disney, então, negociou um contrato de cinco anos para exibição com a Moto GP, sem intermediação.

Procurada pela reportagem para falar sobre as conversas com o SBT e sobre o futuro da F1 na televisão, a Rio Motorsports preferiu não se manifestar.

A temporada atual da Fórmula 1 termina em dezembro desde ano. Logo no último ano dos direitos da categoria com a Globo, Galvão Bueno não poderá narrar nenhuma corrida, por ser do grupo de risco do novo coronavírus. A ordem na Globo é dar um tratamento digno, até o fim, para a temporada.

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