'Eu merecia ter jogado uma Copa do Mundo, mas não reclamo', diz Djalminha
Um dos grandes meio-campistas brasileiros dos anos 1990, Djalminha declarou que merecia ter ido a uma Copa do Mundo, mas disse que deve seu sucesso também à sua personalidade forte. - em 2002, após dar uma cabeçada em seu treinador do La Coruña, o meia acabou fora da lista de Felipão, então técnico do Brasil.
Djalminha ponderou que se não tivesse uma personalidade forte - causa da cabeçada - talvez nem fosse um nome cogitado na seleção brasileira. O meia afirmou que sua carreira em clubes foi bem-sucedida também por conta de seu jeito.
"Eu tive uma carreira maravilhosa. Não posso lamentar o que não aconteceu. Meu maior sonho era jogar a Copa do Mundo. Eu merecia. Mas a carreira me deu tanta coisa, que eu não reclamo. Quando me falam da cabeçada, eu respondo que se não fosse minha personalidade forte, eu nem seria cogitado na seleção. Nas horas que eu achava que tinha que bater de frente, eu peitava. Então, eu fiz e assumo", disse o ex-jogador em entrevista ao canal Craque Neto 10, do YouTube.
Críticas à demissão de Luxemburgo
Na mesma entrevista, Djalminha criticou a direção do Palmeiras pela demissão de Luxemburgo. Na opinião do hoje comentarista dos canais ESPN, a justificativa dada pelo presidente para a saída do treinador, envolvendo conceito de jogo, não pode ser levada a sério, uma vez que, antes das derrotas, o clube não tinha intenção de tirar o técnico do comando.
"O presidente do Palmeiras contou história para boi dormir na entrevista coletiva. Não tem conceito, não tem filosofia. O que tem é resultado. O Palmeiras joga mal há muito tempo, mas estava invicto, ganhou o Paulista. Por que o conceito não foi visto antes das derrotas? Basta perder que manda embora. Tanto que não tinha planejamento para a saída do Luxemburgo. Se ganhasse do Coritiba, não mandaria o Luxa embora. E não é só o Palmeiras, é geral isso", acrescentou.
Autoridade dos treinadores questionada
O ex-jogador também opinou que os treinadores têm perdido a autoridade sobre os jogadores nos últimos anos.
"Acho que o treinador, ao mesmo tempo que é muito bem remunerado, não tem mais o mesmo poder sobre os jogadores. Os nossos treinadores davam dura nos craques. Era capaz até de ignorar os mais jovens. O treinador era superior mesmo. Hoje não é assim, se o técnico bate de frente com o principal jogador, é capaz de ser demitido", disse.
Para Djalminha, os longos contratos de jogadores são outro problema do futebol atual. O ex-jogador entende que este tipo de vínculo entre atleta e clube faz com que os jogadores se acomodem.
"Os jogadores se acomodam muito com os contratos longos. A gente tinha que se provar todo ano para renovar no fim da temporada. E não dava para se acomodar no banco, ou não renovava. Com cinco anos de contrato e ganhando o que ganha, acomoda mesmo. (...) Vai ter jogador que terminou a carreira com 50 jogos e milionário porque ele não vai se importar de ficar no banco", completou Djalminha.
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