'Não é não', diz Cléber Machado sobre caso Robinho
Cléber Machado destacou a frase "não é não" durante o debate em torno do caso Robinho no "Bem, Amigos", do SporTV. A frase faz parte de inúmeras campanhas contra o assédio sexual a mulheres. Em sua análise, o narrador foi contundente ao destacar a gravidade da condenação, em 1ª instância, de estupro, a qual o jogador recorre na Justiça italiana.
"Não devia nem existir esse tipo de coisa, mas existe. Aliás, existe um a cada oito minutos. Então, ainda tem mais isso. A cada oito minutos há um registro de estupro. [Crime] hediondo", disse Cléber destacando os dados de violência contra a mulher no Brasil. "É isso. É aquela frase que já foi dita: 'Não é não'", completou o narrador.
A roda de discussão foi formada, principalmente, por Cléber, Galvão Bueno, Casagrande, Paulo César e outros comentaristas, inclusive por Caio Ribeiro, que, anteriormente, havia dado o "benefício da dúvida" a Robinho. No entanto, após ver as mensagens publicadas em matéria do GE.com, o ex-jogador mudou o discurso e disse que fez questão de ser "um pouco mais duro" no posicionamento por ser "pai de menina".
Na sequência, Cléber "atravessou" o colega de bancada e destacou: "Eu também sou pai de menina, mas ainda que não fosse pai de ninguém. A questão não é isso".
Galvão se diz "arrasado" com o caso
Galvão Bueno, que ainda não havia se posicionado sobre o caso, demonstrou profunda tristeza com a situação. "Eu não quero discutir Justiça, eu quero discutir o absurdo, o crime hediondo que foi cometido. O posicionamento, as falas e as transcrições das falas dele, e tudo aquilo que ele disse, dói demais, é horroroso. É doloroso. É muito triste", disparou o narrador da Rede Globo.
"Eu não estou aqui para saber se era primeira instância, segunda instância, ou qualquer coisa do tipo, eu estou arrasado. Arrasado. O ser humano não pode fazer uma coisa dessa", acrescentou Galvão.
Comentarista rebate Robinho após fala contra feministas
No fim da discussão, o comentarista Paulo César Vasconcellos resgatou uma das falas do atacante à reportagem do UOL Esporte, em que ele fala que "infelizmente existem esses movimentos feministas".
"Ao tentar se defender, além dessas questões completamente equivocadas, houve também uma crítica ao movimento feminista absolutamente inaceitável. Mostra o olhar preconceituoso, mostra a maneira que ele vê as mulheres que lutam pelos seus direitos. A luta das mulheres pelos seus direitos, não é apenas uma luta das mulheres, é uma luta sociedade. É lamentável", afirmou Paulo.
Além do debate a respeito da atual condenação, o comentarista também relembrou a acusação de violência sexual contra Robinho, na Inglaterra, quando era atleta do Manchester City, em 2008.
"Cleber, só para contextualizar, é bom lembrar que quando jogou no Manchester City, o Robinho foi acusado de violência sexual. Aquela acusação não foi adiante. E, agora, ele foi condenado", acrescentou.
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