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'Não sei se Neymar seria titular absoluto no Brasil nos anos 90', diz Sávio

Sávio comemora gol pelo Flamengo no Maracanã - Patrícia Santos/Folha Imagem
Sávio comemora gol pelo Flamengo no Maracanã Imagem: Patrícia Santos/Folha Imagem

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/10/2020 11h45

Ex-atacante com passagens de sucesso por Flamengo, Real Madrid e Zaragoza, Sávio afirmou que Neymar talvez não fosse titular absoluto da seleção brasileira nos anos 1990. O ex-jogador avaliou que o atacante do PSG possivelmente estaria sempre entre os convocados, mas não teria lugar cativo como tem atualmente.

Na opinião de Sávio, a seleção tinha mais opções na década de 1990, quando ele estava em seu auge. O ex-atacante pontuou que muitos ótimos jogadores, principalmente do meio para a frente ficavam fora das principais competições que a seleção disputava por conta desta variedade.

"Acho que o Neymar jogaria naquela seleção dos anos 1990, não sei se seria titular indiscutível ou absoluto. Tenho minhas dúvidas. Eram tantos talentos juntos, então, era complicado. Muita gente boa ficou fora(...) Mas ele estaria no grupo, pelo talento que tem, é um jogador diferenciado, é extraordinário tecnicamente falando. Titular absoluto eu não sei, até porque estamos falando de Romário, Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo. Fora os que eu não citei e que são extraordinários. Acho que sim, estaria no grupo, mas não sei se titular absoluto", afirmou Sávio em entrevista à ESPN.com.br

"Se você comparar o talento individual do futebol brasileiro, com o que era nos anos 1990 - isso para não falar de outras épocas, era muito diferenciado. Principalmente do meio para frente. Era uma diversidade imensa. Jogadores de muito talento", acrescentou.

Seleção ainda entre as melhores

Apesar da 'decadência' apontada por Sávio na seleção brasileira, o ex-jogador entende que o Brasil ainda tem um dos melhores times do mundo.

"Pelo talento individual do nosso futebol, o Brasil entra na primeira prateleira do futebol mundial. Não acho, hoje, o grande favorito à Copa. Não achava na última Copa, nem em 2014. Não estou dizendo que o Brasil não tem mais talento. Tem talento ainda, mas, diante da evolução e da capacidade técnica e tática de algumas outras seleções que avançaram muito no futebol, o Brasil não é o grande favorito a ganhar a Copa do Mundo", completou.