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ESPN/Fox Sports ensaiam volta ao estúdio, mas retorno deve ocorrer em 2021

Paulo Andrade, narrador da ESPN, foi o primeiro a fazer apresentação de estúdio após o início da pandemia - ESPN
Paulo Andrade, narrador da ESPN, foi o primeiro a fazer apresentação de estúdio após o início da pandemia Imagem: ESPN

Gabriel Vaquer

Colaboração para o UOL, em Aracaju

04/11/2020 12h09

Na última semana, os canais esportivos da Disney ensaiaram uma volta aos estúdios de seus programas e transmissões, tanto na ESPN Brasil como no Fox Sports. Pela primeira vez, a estrutura foi usada para informações pré e durante transmissões esportivas. Internamente, o fato tem sido tratado como um "ensaio" para o retorno definitivo, com equipe reduzida, que só irá acontecer definitivamente em 2021, ou quando uma vacina chegar ao país.

Desta forma, ESPN e Fox Sports é o único núcleo esportivo da TV nacional que não voltou ao trabalho em suas sedes.

Na semana passada, Marina Ferrari apresentou o intervalo de jogos da Uefa Europa League no Fox Sports, no primeiro movimento de estúdio no canal desde março. A tendência é que isso seja feito em grandes transmissões e jogos.

O protocolo foi Marina entrando na sede da emissora, e não encontrando ninguém na produção, indo direto ao estúdio e só tendo contato com um operador técnico que instalou o microfone para a apresentadora e preparou o local.

A mesma coisa ocorreu com Paulo Andrade, que fez o pré-jogo de Manchester United x Arsenal. O narrador, no entanto, já havia voltado aos estúdios em jogos especiais.

Para eventos esportivos específicos, como Libertadores e clássicos da Premier League, as transmissões já acontecem na sede da ESPN Brasil e do Fox Sports, em São Paulo e o Rio de Janeiro. Mesmo assim, são poucos os profissionais que precisam ir para a sede fixa e a grande maioria continuará em casa.

O número de profissionais escalados nessas transmissões e programas específicos é bem menor do que BandSports e SporTV, concorrentes diretas, estão usando para colocar suas atrações no ar diariamente. A Disney tem menos de 5% da operação dos canais trabalhando presencialmente nos prédios, o que não corresponde a um total de 20 funcionários.

Mesmo com eventuais falhas técnicas e impossibilidade de maiores recursos com o uso da estrutura da televisão, a Disney avalia de forma positiva os esforços das equipes em ESPN e Fox Sports para atrações com equipes remotas. A audiência também foi considerada satisfatória durante esse tempo, principalmente com eventos.

Tal retorno de programas ainda não é avaliado para este ano. A direção da Disney entende que a pandemia do novo coronavírus não está controlada no Brasil, e ter um grande número de pessoas em um ambiente fechado é perigoso. Se uma vacina chegar, talvez essa volta aconteça em dezembro, num cenário otimista. Até o ano que vem, programas como o "Linha de Passe", por exemplo, continuarão sendo produzidos com profissionais de casa.

Até aqui, apenas a Disney não teve retorno total da produção de programas em estúdio. A Globo e o Sportv retornaram gradualmente no início de agosto, enquanto BandSports e Band voltaram com força total em julho. Já a Turner criou um protocolo, em agosto, para que as transmissões do Brasileirão e da Champions League seja feita dos estúdios.