Galvão deixa Héber Roberto Lopes desconfortável ao citar polêmica com VAR
O debate no "Bem, Amigos" ficou um pouco mais apimentado hoje com a presença do árbitro Héber Roberto Lopes. Comentando sobre o VAR, depois de Arnaldo Cezar Coelho detonar a tecnologia, o narrador Galvão Bueno deixou Héber desconfortável ao resgatar uma polêmica recente envolvendo o próprio árbitro.
Na ocasião, o jogo se deu entre São Paulo e Goiás, pelo Brasileirão, e Héber era o responsável pela arbitragem de vídeo. Ele não interferiu em uma polêmica envolvendo um gol do clube paulista, em que o goleiro Tadeu chegou a defender o cabeceio de Brenner, mas o juiz de campo anotou o gol após sinal do bandeirinha de que a bola havia entrado.
As imagens, no entanto, não conseguiram captar se realmente o gol deveria ter sido validado. "O ângulo da câmera não serve para qualquer lugar do campo. Conforme o ângulo da câmera, pode mudar a posição dessas linhas. Por acaso, o jogo do Goiás, que ninguém sabe se a bola entrou ou não... Sabe quem era o árbitro do VAR? Héber Roberto Lopes. E aí, Héber, a bola entrou ou não entrou?", questionou o narrador.
"Eu soube, e queria saber de você se é verdade, que um jogador encontrou você no aeroporto e você falou: 'Eu não tinha essa imagem específica", acrescentou Galvão.
"O que eu falei no VAR, eu vou falar aqui. Quando as imagens são inconclusivas, permanece a decisão que é tomada dentro de campo, que o Galvão citou. Eu não tenho imagem, a imagem é inconclusiva. Segue a decisão de campo", respondeu Héber, que concluiu:
"Está lá no VAR gravado. Depois, encontrei, se não me engano, o [jogador] Rafael Moura que perguntou sobre a decisão e respondi: 'Imagem inconclusiva'".
"Parabéns pela postura"
Ao fim da discussão, Galvão celebrou o debate envolvendo a arbitragem e parabenizou Héber pelos argumentos mostrados no programa - ele opinou sobre outros lances polêmicos envolvendo a tecnologia no futebol e defendeu o uso do VAR.
"Eu quero lhe dar parabéns pela sua postura nessa entrevista, porque você veio receber uma homenagem e entrou para participar da discussão com conhecimento de causa, com toda a sua experiência. Em momento algum nós desejaríamos colocar você em uma posição ética de dizer se algum árbitro errou", iniciou o narrador.
"Fico muito feliz porque você defendeu seu ponto de vista dentro do respeito e é aquilo: você está lá, tem que acreditar na máquina mesmo. Eu tenho o direito de desconfiar dela em alguns momentos e em algumas situações, é uma questão de análise. Parabéns pela postura, parabéns pelos 350 jogos na Série A e por igualar uma marca de Arnaldo Cézar Coelho. Bom demais te receber aqui", finalizou Galvão.
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