'Futebol ficou de escanteio', diz Marquinhos sobre racismo em jogo do PSG
Capitão do Paris Saint-Germain, Marquinhos explicou a postura "espontânea" da equipe após o caso de racismo durante jogo contra o Istanbul Basaksehir, pela Liga dos Campeões. Na ocasião, os times abandonaram o gramado após o quarto árbitro, o romeno Sebastien Coltescu, ser acusado de ser racista contra um membro da comissão técnica do time turco.
Em entrevista ao "Bola da Vez", exibido hoje, o defensor destacou o poder do futebol no combate às desigualdades. Com nova arbitragem, o jogo ocorreu no dia seguinte, com vitória do PSG por 5 a 1, e três gols de Neymar.
"Muitas pessoas vêm lutando contra isso. A gente vê muitas manifestações, a sociedade também já evoluiu, mas a gente sabe também que tem muito o que crescer. Então, todo sinal que a gente pode mandar, principalmente dentro do futebol... O futebol é uma vitrine para tudo. O que aconteceu ali foi uma coisa espontânea, não foi algo que a gente combinou e que quisermos fazer para aparecer", contou Marquinhos à ESPN.
"Eu acabei não ouvindo o que o árbitro falou, mas algumas pessoas estavam perto e acabaram ouvindo. Foi naquele segundo, onde a gente resolveu juntos, como time. O time do Istanbul resolveu que não jogaria mais se aquela pessoa estivesse em campo. A gente, como time, decidiu apoiar essa decisão do Istanbul. É uma coisa que passa do futebol, e isso foi o ponto em questão. O futebol naquele momento tinha ficado de escanteio, e a gente queria que essa situação fosse resolvida, por isso acabamos tomando aquela atitude", completou.
PSG x Istanbul foi interrompido aos 13 minutos do primeiro tempo depois que o quarto árbitro romeno Sebastian Coltescu foi acusado de racismo contra o camaronês Pierre Webó, auxiliar do time turco. Os jogadores das duas equipes deixaram o campo e a partida só foi reiniciada no dia seguinte.
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