Treinador dos Patriots se recusa a receber medalha na Casa Branca
Bill Belichick, treinador do New England Patriots, da NFL, se negou a receber a Medalha Presidencial da Liberdade, maior honraria dada a civis nos Estados Unidos, na Casa Branca. Em nota divulgada hoje, Belichick afirmou que os recentes acontecimentos no país - como a invasão do Capitólio por apoiadores do presidente Donald Trump o motivaram a reavaliar a participação na premiação.
"Recentemente, tive a oportunidade de receber a Medalha Presidencial da Liberdade. Fiquei lisonjeado pelo que a homenagem representa, pela honra dos vencedores anteriores. Depois dos trágicos eventos da última semana, a decisão de não seguir em frente com a premiação foi tomada. Acima de tudo, sou um cidadão americano que reverencia o valor da nossa nação, a liberdade e a democracia. Sei que também represento minha família e a equipe do New England Patriots", disse.
Belichick disse também que o ano de 2020 trouxe à tona discussões importantes no esporte, motivadas pela urgencia das pautas sociais, e que continuar trabalhando em prol dessas ações "supera os benefícios de qualquer prêmio individual".
"Em 2020, quando, por meio de uma grande liderança da nossa equipe, uma das coisas mais gratificantes da minha trajetória aconteceu: conversas sobre justiça social, igualdade e direitos humanos ganharam destaque e se transformaram em ações. Continuar esses esforços, e ao mesmo tempo, permanecer fiel às pessoas, à equipe e ao país que amo supera os benefícios de qualquer prêmio individual", finalizou.
No ano passado, o ex-treinador e jogador de futebol americano Lou Holtz, uma lenda do esporte norte-americano, o ex-corredor Jim Ryun, medalhista nos Jogos Olímpicos de 1964, em Tóquio, e 1968, na Cidade do México, além do líder militar General Jack Keane foram homenageados.
Nomes como Michael Jordan e Bil Russel, ex-jogadores da NBA, Mohammad Ali, ex-boxeador, Jesse Owens, ex-corredor, e Ernie Banks, ex-jogador de beisebol estão entre os nomes do esporte que receberam a Medalha.
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