Lais Souza celebra 'verdadeira liberdade' sete anos após acidente
Ex-ginasta e esquiadora Laís Souza usou as redes sociais para refletir sobre o acidente que a deixou tetraplégica, que hoje completa sete anos. A ex-atleta colocou o esporte como sua "missão de alma" e celebrou a "verdadeira liberdade".
Em longo texto, Laís recorda os anos dedicados ao esporte, assim como a queda que a "mostrou uma nova jornada". A ex-ginasta ainda questionou o conceito de liberdade e diz que tem vivivo "com amor, leveza, alegria e bom humor; buscando relações permeadas por trocas orgânicas, fluidas e justas".
"Você já passou por algo que, de repente, mudou tudo na sua vida? Que mudou seus movimentos, sua sensibilidade e todo o controle sobre seu próprio corpo? Pois é, hoje faz exatamente sete anos desde o acidente do dia 27 de janeiro do ano de 2014 que causou isso, exatamente toda essa mudança na minha vida", iniciou Lais em postagem no Instagram.
"Ao trazer essas reflexões, me lembro de toda a minha dedicação e doação pessoal e integral ao esporte, à ginástica, ao que eu efetivamente sempre amei fazer, e se pudesse ainda estaria fazendo, mesmo que em outras modalidades. O esporte sempre foi a minha arte, minha paixão, minha missão de alma. E foi justamente enfrentando as grandes montanhas da minha vida, deslizando em um longo tapete branco de infinitas possibilidades, na velocidade, porém, um pouco maior, do que meus desejos, que então a sutileza da vida me mostrou uma nova jornada. Me mostrou a necessidade de de repente mudar: de precisar mudar a rota, a direção, o caminho, e de que o treino então passaria a ser outro. O treino do olhar: treinar o olhar e aprender a enxergar as mudanças das nossas vidas, e assim aceitar a nossa pequenez e falta de controle diante das infinitas possibilidades e acasos que a vida pode nos trazer", seguiu.
Lais admitiu que se sente "drenada" às vezes, mas aprendeu que a "verdadeira liberdade ocorre quando a alma se expressa em todas as formas possíveis de criatividade".
"Confesso que sim, às vezes me sinto drenada, por questões internas e externas: é tanta competição, dominação, injustiça, superficialidade, disputa de vaidades, medo da vulnerabilidade, e o desafio de encarar minhas sombras e autocriticas", falou a ex-atleta.
"Diante de todas as conquistas que já tive, pessoais e profissionais, percebi que a verdadeira liberdade ocorre quando a minha alma se expressa em todas as formas possíveis de criatividade. E assim tenho vivido: com amor, leveza, alegria e bom humor, buscando relações permeadas por trocas orgânicas, fluidas e justas. Viver com amor faz as pernas andarem por caminhos onde somente sentir é a passagem. E saibam que é esse amor à vida, à natureza, aos bichos, às crianças e a toda vibração de amor que me fortalece, e que me tornam mais forte dia após dia", concluiu.
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