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SP: jogadora de CoD: Mobile é encontrada morta a facadas; suspeito é preso

Ingrid "Sol" Bueno era jogadora de Call of Duty: Online e foi assassinada em São Paulo - Reprodução
Ingrid "Sol" Bueno era jogadora de Call of Duty: Online e foi assassinada em São Paulo Imagem: Reprodução

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Chapecó (SC)

23/02/2021 21h32Atualizada em 24/02/2021 19h25

A jogadora de eSports Ingrid Bueno, 19 anos, foi morta a facadas na tarde de ontem em Pirituba, zona norte de São Paulo. A polícia informou que um estudante de 18 anos confessou ter cometido o crime após conhecê-la na internet, há pouco mais de um mês, e acabou sendo preso em flagrante dentro de casa.

Conhecida por "Sol", a jovem jogava Call of Duty: Mobile pelo time FBI E-Sports. O suspeito também era gamer, mas atuava na equipe Gamers Elite. Ele confessou o crime ao ser preso, segundo vídeo transmitido pela RecordTV.

Por nota, o time disse que soube do caso após o suspeito enviar um vídeo ao grupo indicando que teria cometido o crime. O Gamers Elite ainda indicou que o contato com o estudante era de "interação virtual" e que, depois do ocorrido, comunicou a polícia.

Segundo o B.O (Boletim de Ocorrência), Ingrid foi encontrada desmaiada pelo irmão do estudante, que não a conhecia. Em seguida, os policiais militares foram até a casa do suspeito e constataram o óbito. De acordo com o registro, a gamer apresentava diversas facadas espalhadas pelo corpo.

A polícia informou que o estudante fugiu e disse aos familiares que iria se matar, porém, o irmão dele conseguiu convencê-lo a se entregar. Meia hora depois do crime, ele se apresentou à polícia.

Na delegacia, ainda segundo o B.O, o estudante confessou o homicídio, que teria sido planejado previamente. Ele afirmou que escreveu um livro detalhando o crime — de objetivos até a motivação —, porém, estes dois pontos não foram detalhados no boletim. O livro foi anexado ao inquérito e agora passará por análise.

Na delegacia, familiares de Ingrid disseram que não sabiam sobre a relação dela com o estudante, que teve o celular apreendido. A polícia solicitou exames periciais, entre eles, do corpo da vítima.

O caso foi registrado na 87ª Delegacia de Polícia. O UOL entrou em contato com a unidade e foi informado que o delegado José Roberto Gil não se encontrava e só poderia dar detalhes da investigação amanhã.

Amigos e jogadores lamentaram perda

Nas redes sociais, amigos, conhecidos e outros jogadores de CoD: Mobile pediram justiça e postaram mensagens lamentando a perda.

"Que você possa descansar em paz e que a justiça seja feita", disse a equipe Jaguares. "Que este absurdo não fique impune e a justiça seja feita. Nossos mais profundos sentimentos. Somos contra o feminicídio", salientou a equipe Unktec.

Já o FBI E-Sports postou uma música em homenagem à jogadora: "Existe uma esperança de ver um novo Sol nascer", disse o grupo no Instagram.

Pelas redes sociais, o Gamers Elite afirmou em nota que não tem relação alguma com o crime. "Após a liderança do clã ficar ciente do ocorrido, nos organizamos e tomamos medidas necessárias: informamos as devidas autoridades", disse o grupo.

O time confirmou ainda que a relação com o estudante era virtual e que poucos conheciam seu rosto. "Também gostaríamos de afirmar com total consciência que a nossa organização jamais compactuou com qualquer ato criminoso e jamais irá compactuar ou fazer apologias ao mesmo."