Academias pressionam para virarem atividade essencial após fechamento em SP
Os donos de academias de Guarulhos (SP) e o Conselho Regional de Educação Física pressionam a Assembleia Legislativa de São Paulo e a gestão de João Doria (PSDB) para que a prática de atividade física e de exercício físico seja considerada essencial. Dessa maneira, os estabelecimentos poderiam permanecer abertos no Estado de São Paulo mesmo com a fase vermelha, anunciada para começar amanhã (6), em uma tentativa de conter o aumento de casos da covid-19.
Em ofício enviado à Assembleia Legislativa de São Paulo, o Conselho Regional de Educação Física se manifestou a favor do projeto de lei 257/2020, do deputado Altair Moraes (Republicanos), que "reconhece a prática de atividades e exercícios físicos como essenciais para a população do Estado em estabelecimentos prestadores de serviços destinados a essa finalidade, bem como em espaços públicos, em tempos de crises ocasionadas por moléstias contagiosas ou catástrofes naturais". O projeto está em fase de análise nas comissões da Assembleia.
Na fase mais crítica da pandemia, o governador João Doria anunciou que todo o Estado de São Paulo voltará para a fase vermelha do chamado "Plano São Paulo". Com isso, apenas atividades essenciais serão permitidas na região. Caso a pressão não surta efeito, as academias serão proibidas de abrir enquanto o Estado não deixar a fase vermelha.
A pressão das academias é semelhante ao ocorrido com as igrejas. Na última segunda-feira (1º), Doria assinou um decreto que transformou a atividade religiosa em essencial. Assim, os templos permanecerão abertos na fase vermelha, mas com até 30% de ocupação.
Em outro ofício enviado ao secretário de Esportes do Estado de São Paulo, Aildo Rodrigues Ferreira, um grupo de academias de Guarulhos afirma que os estabelecimentos se adequaram aos protocolos para a prevenção da covid-19. "Torna-se evidente e comprovada a segurança destes locais, não havendo motivos impeditivos à continuidade do trabalho diário realizado em prol da saúde da população", diz o texto.
Os donos de academias planejam uma manifestação hoje (5) no Palácio dos Bandeirantes, residência oficial do governador de São Paulo, para pressionar pela transformação da atividade em serviço essencial.
Ontem (4), o Estado de São Paulo 12.236 novos casos da covid-19. Além disso, 330 pessoas morreram em decorrência da doença. O Brasil já ultrapassou a marca dos 260 mil mortos por causa da pandemia.
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