Presidente do SPFC explica voto por judicialização: 'Defesa ao protocolo'
Em reunião com os clubes, a Federação Paulista de Futebol acatou a decisão do governo do estado de São Paulo e suspendeu as três rodadas do Paulistão, mantendo o torneio paralisado.
A FPF estudava levar o caso à Justiça para manutenção do campeonato. O São Paulo estava na lista entre os clubes favoráveis para judicialização, entretanto, a entidade optou por aceitar as orientações do Ministério Público e governo do estado.
Em entrevista ao 'Seleção Sportv', Julio Casares, presidente do São Paulo, afirmou que a posição do clube buscava a defesa dos protocolos em prevenção à pandemia.
"Estamos vivendo um momento dramático das nossas vidas, e o São Paulo é um exemplo de sempre seguir a ciência, os protocolos em favor da saúde, e de jamais admitir qualquer hipótese negacionista. Tanto é que o Morumbi, a nossa casa, abriu os portões para vacinação. O momento é difícil, portanto nós precisamos estar atentos. Mas claro, quando a gente fala do produto futebol, nós temos que nos ater à defesa do protocolo que vem acontecendo até aqui. Na verdade, não foi uma decisão por judicializar contra alguém, foi uma decisão de defender o protocolo de saúde. O protocolo de saúde protege, não só os atletas, mas os familiares e funcionários e principalmente as pessoas em torno", disse o presidente.
Julio Casares afirmou que a paralisação do futebol interfere na proteção aos atletas e funcionários do clube, que vinham passando por controles rígidos. Para ele, os protocolos estabelecidos pela FPF se mostraram eficazes.
"Eu tenho muito receio por uma paralisação maior e o futebol venha sofrer essa falta de controle. O nosso protocolo é exemplar. Não é só o teste, é uma investigação da vida do jogador quando ele não está no clube. Onde ele foi, quem foi na casa dele, como foi o comportamento social. Então, o Ministério Publico orientou e o governo aceitou a deliberação e nós vamos cumprir até o dia 30 essa paralisação. Entretanto, a nossa posição não foi votar a favor da judicialização apenas contra uma decisão, era para defender o protocolo, a seriedade, e a ciência que hoje o futebol dá exemplo. O futebol teve mais de 40 mil exames e apenas 2,2% de infectados. Claro que isso não justifica que o futebol está isento. Mas entendemos o momento, estamos todos preocupados", finalizou.
De acordo com os critérios da fase emergencial estabelecidas pelo Ministério Público e governo do estado de São Paulo, o Campeonato Paulista está paralisado até o dia 30 de março.
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