Thaisa 'culpa' joelho por saída da seleção e diz: 'Zé Roberto ficou triste'
Bicampeã olímpica, Thaisa contou que seu joelho esquerdo foi o "principal motivo" de sua aposentadoria da seleção brasileira de vôlei e, consequentemente, sua ausência nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Em entrevista ao "Bola da Vez", exibido hoje na ESPN Brasil, Thaisa destacou que a "parte mais complicada" de sua decisão foi comunicar o técnico José Roberto Guimarães. Segundo ela, o comandante "ficou muito triste" com a aposentadoria.
"O principal motivo, sim, foi o meu joelho. Ele já não está mais do jeito que eu gostaria que estivesse. Então, tem que ter um cuidado muito grande com ele. (...) A gente tem que saber o momento de se retirar. Não dá para gente ficar forçando uma barra em cima de uma coisa que pode ser que dê certo, mas pode ser que dê muito errado. Estou muito feliz com a decisão. Não foi fácil, doeu muito, mas eu estou muito certa do que eu fiz", falou Thaisa, que teve grave lesão no joelho esquerdo em 2017.
"O Zé Roberto ficou muito triste, e eu fiquei mais triste ainda, porque eu vi que ele ficou muito decepcionado e triste. Acho que foi a parte mais complicada, porque doeu muito ver que eu estava decepcionando ele. Fiquei com o coração partido. Mas, infelizmente, aconteceu. Foi uma decisão muito pensada", completou.
A jogadora ainda destacou que a aposentadoria da seleção está relacionada à sua longevidade nas quadras. Usando a última temporada, pelo Minas, como termômetro, Thaisa destacou a intensidade da rotina na seleção, assim como o receio de não conseguir atuar em alto nível durante toda a Olimpíada.
"Se eu for agora, eu não vou conseguir treinar, vou botar muita carga em um joelho que já está com o edema ósseo piorado, e isso não vai ser bom clinicamente para o meu joelho", avaliou a central brasileira.
"Nesse momento, eu deixei a minha vaidade de lado. (...) É uma coisa que seria mais para o meu ego do que pensar com razão para uma longevidade. Eu pensei muito no grupo também. Seleção é muito pesado. Na Superliga, ainda tem algum jogo que você dá para segurar, na seleção não tem como, ainda mais numa Olimpíada. Pensei: 'vou tirar o lugar de uma jogadora que está voando, que está nova, sendo que pode ser que eu chegue no meio do caminho e não possa ajudar'. Eu tinha que pontuar essas coisas", seguiu.
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