Relatório aponta abusos sexuais sofridos por jovens ginastas na Austrália
A Comissão de Direitos Humanos da Austrália revelou, por meio de um relatório divulgado hoje, que uma série de jovens ginastas que representavam o país foram vítimas de assédio nas últimas décadas.
Encomendada pela própria federação de ginástica local, a investigação, que se baseou em 57 relatos, cita abusos psicológicos, verbais e sexuais de membros da delegação australiana contra as atletas - em sua maioria mulheres.
Os casos aconteciam em diversos lugares, como nos vestiários, em lugares públicos e até mesmo durante os próprios treinamentos. A maior parte das vítimas era menor de idade.
"Fui abusada por um massagista quando ele estava tratando uma lesão minha. Isso ocorreu quando eu tinha 8 ou 9 anos. Abuso, sexo e denúncias eram conceitos totalmente estranhos para mim naquela época. Esse homem abusou de várias maneiras, muitas vezes com minha mãe na mesma sala", disse uma das entrevistadas, que não foi identificada. A afirmação foi publicada no jornal Marca.
Outro problema apurado pela comissão se dava na cultura de "vitória a qualquer custo", com forte controle sobre possíveis comportamentos negativos e obsessão "doentia" pela forma física ideal.
Hoje, a entidade responsável pelo esporte no país repercutiu o resultado da apuração e pediu "desculpas" aos envolvidos.
"A Comissão Australiana de Direitos Humanos divulgou seu relatório sobre a ginástica na Austrália. A Gymnastics Australia pede desculpas sem reservas a todos os atletas e familiares que sofreram qualquer forma de abuso durante a prática do esporte. Agradecemos também aos atletas e outros membros da comunidade que se envolveram no processo de revisão e reconhecemos sua bravura em fazê-lo", disse a federação.
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