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Shevchenko: 'Perdi muitos amigos por álcool, drogas e problemas com armas'

Shevchenko agradece apoio da torcida da Ucrânia - REUTERS/Gleb Garanich
Shevchenko agradece apoio da torcida da Ucrânia Imagem: REUTERS/Gleb Garanich

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/05/2021 12h55

Andriy Shevchenko apresentou seu novo livro escrito por Alessandro Alciato. A obra nomeada de 'Minha vida, meu futebol' trará à tona uma revisão de sua vida pessoal e sua carreira no futebol. Em entrevista para o 'Corriere Della Sera', o ucraniano comentou sobre alguns pontos que o marcaram, como a tragédia de Chernobyl.

Após o acidente nuclear, Andriy e muitas pessoas foram realocadas para a União Soviética, o que fez com que o futebolista perdesse muitos amigos, mas não pela radiação.

"No meu bairro comecei a ter cada vez menos amigos. Todos morriam, não de radiação, mas de álcool, drogas, problemas com armas ... As rachaduras no muro da URSS foram ficando maiores", disse ele, que completou:

"O mundo que conhecíamos estava desabando e meus amigos, como todo o meu povo, não acreditaram mais em nada e se perderam. O amor de meus pais e o futebol me salvaram."

Ainda no assunto, o atacante Bola de Ouro de 2004 recordou os momentos em que receberam a notícia da explosão do reator e os desdobramentos da história.

"Ainda sinto angústia, chegaram ônibus da URSS e levaram todas as crianças de 6 a 15 anos. Me vi a 1.500 quilômetros de casa e me lembro de ter vivido isso como se estivesse em um filme", finalizou o ex-jogador do Milan e Chelsea.