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'Não dá nem para condenar nem para absolver o Neymar', diz Rizek

Rizek evita assunto e diz que esperará investigações para opinar sobre caso Neymar - Reprodução/SporTV
Rizek evita assunto e diz que esperará investigações para opinar sobre caso Neymar Imagem: Reprodução/SporTV

Colaboração para o UOL, em São Paulo

28/05/2021 15h51

O apresentador André Rizek foi cauteloso ao falar sobre o rompimento de contrato da Nike com Neymar por conta de uma investigação por abuso sexual.

No "Seleção SporTV" de hoje, Rizek preferiu aguardar o andamento do caso para comentá-lo. Para o jornalista, "não dá nem para condenar nem para absolver o Neymar" neste momento.

"Acho difícil colocar esse assunto de debate, porque a gente tem que esperar as investigações. Não dá nem para condenar nem para absolver o Neymar. A gente está diante de um fato, segundo a Nike, que o Neymar se recusou a participar das investigações, isso levou a empresa a romper o contrato com o Neymar. Acho que isso e outras razões também, mercadológicas, opino e informo. Sobre a situação do Neymar, de minha parte, vou esperar as investigações", disse Rizek.

Diferentemente do que afirmou o jornalista, não há nenhuma investigação em andamento contra Neymar até o momento. A Nike realizou uma investigação interna após acusação de sua funcionária, e afirmou ter rompido o contrato com o brasileiro falta de cooperação. Em suas redes sociais, Neymar se defendeu das acusações e criticou a fornecedora de material esportivo.

Presente no programa, Carlos Eduardo Mansur destacou a importância de Neymar "dialogar com a sociedade" neste momento.

"Uma coisa que eu estava sentindo falta foi razoavelmente atendida agora, que foi o Neymar se pronunciar. Acho até que fosse o caso de fazê-lo se permitir ser perguntado e confrontado. Ele precisa dialogar com a sociedade diante de uma questão como essa. É uma questão muito grave, especialmente num país como o Brasil, que viu durante a pandemia o número de questões de violência sexual saltarem demais. Esse é um assunto muito sensível na sociedade brasileira, que tem uma tendência de desvalorizar a voz da vítima. E quase todos os estudos feitos no mundo mostram que os casos de falsa denúncia são ínfimos, muito reduzidos. De todo modo, a gente não tem como julgar. Acho que apenas o único caminho que não poderia ser tomado no caso era agir como se nada estivesse acontecendo", opinou Mansur.

Entenda o caso:

Atacante do PSG e da seleção brasileira Neymar foi denunciado em 2018 em um fórum organizado por lideranças da Nike para seus funcionários. Uma investigação independente foi aberta no ano seguinte, mas com resultados considerados "inconclusivos" pela empresa. A empresa de material esportivo afirma que o contrato com o brasileiro foi rescindido pela postura dele ao se recusar a cooperar com as investigações. A informação foi publicada inicialmente pelo Wall Street Journal e confirmada pelo UOL Esporte.

De acordo com a publicação, a funcionária da Nike revelou a colegas e amigos que o jogador tentou forçá-la a fazer sexo oral em um quarto de hotel enquanto estava na cidade de Nova York (EUA). Ela ajudava a coordenar eventos e logística para o atleta e sua comitiva. Em contato com a reportagem, a empresa contou que o suposto incidente teria ocorrido em 2016, sendo denunciado dois anos depois.

O jogador rebateu a versão da Nike e afirmou que não teve a oportunidade de se defender. "Contrariar essa regra e afirmar que o meu contrato foi encerrado porque não contribuí de boa-fé com uma investigação é absurdo, mentiroso. Mais uma vez sou advertido que não posso comentar em público. Indignado, vou obedecer!", disse em post no Instagram.

Já o estafe de Neymar declarou em comunicado que o atleta nega as acusações e que ele se defenderá dos "ataques infundados" se for acionado.