'Tragédia que mexe comigo', diz surfista que matou sargento em acidente
O surfista Felipe Cesarano, o Felipe Gordo, se manifestou pela primeira vez, em sua conta no Instagram, desde o acidente de carro que matou o sargento da Marinha Diego Gomes da Silva, de 36 anos, em dezembro do ano passado.
A colisão ocorreu na Autoestrada Lagoa-Barra, em São Conrado, na zona sul do Rio. Cesarano chegou a ser preso em flagrante na manhã do acidente, passou 24 horas preso, mas foi liberado e responde por homicídio culposo em liberdade. O exame de alcoolemia deu positivo para embriaguez.
"Foi uma tragédia horrível que ainda mexe muito comigo, ainda não me sinto confortável para estar falando, mas queria dizer que estou sumido para botar minha cabeça no lugar, tentar refletir sobre tudo o que aconteceu. A gente acha que uma tragédia dessa nunca vai acontecer com a gente. A gente nunca está preparado, e a parada vem e pega de surpresa e te desestrutura, acaba com tudo", disse o surfista em vídeo publicado na rede social.
"O mais difícil para mim é que desestruturou uma outra família. Acordar com isso na cabeça. Não tem um dia que eu não fico carregando esse sentimento que faz mal para caramba e eu preciso retomar a minha vida, preciso estar seguindo adiante, porque a única forma de estar ajudando alguém é me ajudando também", afirmou.
Felipe Cesarano ainda declarou que "nunca quis fazer mal para ninguém". "É impossível suprir a carência, fazer qualquer coisa que vá trazer de volta ou eliminar essa dor que eles estão sentindo, mas estou aqui para poder ajudar da forma que for possível."
"Quem me conhece sabe que eu nunca quis fazer mal para ninguém. Até no momento do acidente, eu me preocupei em ver o que estava acontecendo, prestei ajuda, fiquei lá até o final. Teve pessoas mandando eu sair do local, que era melhor, mas não existe melhor. Existe arcar com seus atos, responsabilidades, e eu, nenhum momento, fugi disso", acrescentou.
O surfista pediu perdão e acredita que deve retomar a vida. "Então, estou aqui botando minha cara a tapa. Nunca vou fugir das minhas responsabilidades, estou cumprindo todo o processo judicial, tentando ter minha vida, me reestruturar. Pode acontecer qualquer coisa na minha vida, como perdi patrocínio, perdi tudo, posso ser preso, mas o problema meu é conviver com essa dor", disse.
"Se Deus me deu a chance de ainda estar vivo, eu preciso retomar a minha vida. Estou aqui, de coração, com maior humildade e respeito do mundo, para dizer que estou de volta. Preciso recomeçar. Quero, de coração, pedir perdão a todo mundo, e vamos ver se essa história ajuda a, pelo menos, conscientizar mais as pessoas."
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