Jogadoras da seleção brasileira usam faixa em protesto contra o assédio
As jogadoras da seleção brasileira feminina de futebol divulgaram, hoje, um manifesto conjunto em suas redes sociais contra o assédio sexual. Além da publicação, feita horas antes do jogo contra a Rússia, as brasileiras entraram em campo para o amistoso com uma faixa escrita: "Assédio não".
A manifestação acontece dias após o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, ser afastado da entidade após denúncias de assédio moral e sexual.
Sem citar o nome do presidente da entidade, as atletas manifestaram que a "luta por respeito e igualdade vai além dos gramados", e incentivaram vítimas a denunciar qualquer tipo de assédio. Elas também ressaltaram que os inúmeros abusos cometidos no país "vão contra os nossos princípios de igualdade e construção de um mundo mais justo."
Confira o manifesto na íntegra:
Todos os dias no Brasil, milhares de pessoas são acometidas e desrespeitadas com cenas de assédio, seja moral ou sexual, especialmente nós, mulheres.
São brasileiras e brasileiros, vítimas de abusos e atos que vão contra os nossos princípios de igualdade e construção de um mundo mais justo.
Dizer não ao abuso são mais do que palavras, são atitudes. Encorajamos que mulheres e homens denunciem!
Nossa luta pelo respeito e igualdade vai além dos gramados.
Hoje, mais uma vez dizemos: Não ao assédio.
Manifesto da seleção masculina
No início da semana, os jogadores da seleção masculina fizeram um manifesto e se disseram contra a Copa América, que será disputada no Brasil após pedido da CBF ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No texto, os atletas se disseram contra a organização da competição, mas negaram qualquer recusa em vestir a camisa amarela. Não há menções em relação à pandemia do coronavírus e motivos sobre a tal insatisfação.
O manifesto dos jogadores foi alvo de críticas nas redes sociais. Entre as reclamações, está a alegação de que houve a falta de um posicionamento "mais forte" em relação ao torneio e às denúncias envolvendo o presidente da CBF e a pandemia.
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