Vídeo mostra turista praticando plana sub antes de morrer em Noronha
Novas imagens divulgadas pela família do diretor de escola José Edvaldo da Silva, de 52 anos, mostram o turista praticando a modalidade esportiva conhecida como plana sub momentos antes do acidente que acabou causando a morte dele dia 20 de maio, em Fernando de Noronha (PE).
Silva praticava o esporte, também conhecido como mergulho de reboque, quando desapareceu na água. Nessa modalidade a pessoa segura em uma prancha enquanto é puxada por um barco em baixa velocidade (cerca de 8 km/h). A prancha usada tem um design que permite fácil controle, tanto para os lados como para subir ou descer na água.
A microempreendedora Elizabeth Verneque Cordeiro Silva, viúva de José Edvaldo, foi quem divulgou as novas imagens do diretor durante o passeio. Segundo ela, essa era a segunda vez que marido praticava o plana sub.
Ao agendar a viagem e os passeios que fariam durante os 13 dias de férias, José Edvaldo comprou um colete salva-vidas para a mulher. Ele, entretanto, não usava colete na hora do acidente.
O acidente
"Eram sete cordas com pranchas, eu fiquei no meio e ele ficou em uma das pontas. Na hora eu não vi nada porque, como eu não sei nadar, fiquei focada em segurar a minha prancha e nem olhava para os lados. Mas pelos vídeos que os turistas fizeram dá para ver que a todo momento ele olhava para o lado, para ver se estava tudo bem comigo", relata a microempreendedora ao UOL Esporte.
As imagens, feitas por pessoas que estavam no barco e participavam do passeio, mostram a vítima no mar durante a prática esportiva. No vídeo é possível ver José Edvaldo mergulhando e voltando à superfície. Segundo a esposa, o momento em que o marido se afoga e desaparece não foi filmado.
"Ao fim do passeio, o barco para e puxa cada praticante através da corda. Lembro-me que estava aguardando ser puxada quando ouvi um dos funcionários do barco gritar para um turista segurar a corda. Acredito que foi nesse momento, em que as atenções estavam voltadas para esse turista, que o José Edvaldo sumiu", recorda Elizabeth.
A mulher relata ainda que o desaparecimento do marido só foi percebido minutos depois, quando ela retornou ao barco e não o encontrou. "Ele havia deixado o celular com um senhor para que ele nos filmasse e quando perguntei a esse turista sobre meu marido ele disse que não havia o visto. Procurei pelo barco e não o achei, foi aí que gritei que ele não havia retornado", conta.
O resgate
Elizabeth acrescenta que ao perceber que algo poderia ter acontecido com o marido, diversas pessoas pularam na água para tentar encontrá-lo. Minutos depois José Edvaldo foi localizado por uma mergulhadora, que fazia fotos subaquáticas.
"Foi tudo muito rápido, coisa de minutos. Quando os bombeiros chegaram essa mulher já havia o encontrado e o trazido para a superfície da água. Meu marido foi colocado no bote dos bombeiros e levado até às margens onde já havia uma ambulância esperando", recorda.
José Edvaldo foi socorrido com vida e levado ao hospital, onde morreu horas depois. A declaração de óbito do IML (Instituto Médico Legal) informa que a causa da morte foi asfixia causada por afogamento.
Comemoração por 30 anos de casamento
Ainda segundo Elizabeth, o casal, que é de Ribeirão Branco, cidade a 300 km de São Paulo, estava animado com a viagem, de duas semanas, em comemoração aos 30 anos de casamento. Inicialmente a viagem comemorativa aconteceria no ano passado e tinha como destino à Itália, mas devido à pandemia os planos foram alterados.
"Uma semana antes de embarcarmos para a Europa foi decretada a pandemia e tivemos que remarcar a viagem para esse ano, no mesmo destino. Mas novamente ela foi cancelada devido à segunda onda da doença por isso decidimos viajar pelo Brasil", diz a mulher.
"E estava muito feliz, havia planejado cada detalhe com antecedência. Ficaríamos uma semana em Fernando de Noronha e depois uma semana em Porto de Galinhas", recorda Elizabeth.
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