Jakson Follmann diz que pensa em como seria carreira sem o acidente
Sobrevivente do acidente aéreo com o avião da Chapecoense que matou 71 pessoas em novembro de 2016, Jakson Follmann admitiu que às vezes pensa em como estaria sua carreira como goleiro, que acabou interrompida após a tragédia, já que teve parte da perna direita amputada.
Na época do acidente, Jakson Follmann - um dos três sobreviventes do elenco da Chape -, era goleiro reserva do time que disputaria o primeiro jogo da final da Copa Sul-americana de 2016, contra o Atlético Nacional (COL).
"Algumas vezes eu me pego pensando em como estaria hoje como atleta. E aí, eu penso nos atletas da Chapecoense mesmo. Muitos goleiros tiveram muitas oportunidades, goleiros novos. Eu tive oito meses de casa e só joguei um jogo. Meu único jogo foi na Copa Sul-americana", disse o ex-jogador em entrevista ao canal Alê Oliveira, no YouTube.
"Então, eu penso, como seria o Follmann goleiro, mais experiente, onde eu estaria, se estaria em um clube grande, se disputaria em alto rendimento. A gente tem esses pensamentos. Acho bem leve pensar sobre o que poderia acontecer, mas são 5 anos do acidente. Eu acho que eu estaria bem para caramba. Eu tenho que confiar em mim. Se eu não confiar?", completou.
Longe dos gramados profissionalmente, Jakson Follmann se tornou influenciador digital, palestrante e cantor. Em 2019, ele ganhou o reality show musical Popstar, da Globo e disse que, ao subir nos palcos para as apresentações, voltou a sentir algo parecido com o que experimentava nos tempos de goleiro.
"É uma sensação muito gostosa em relação ao frio na barriga. O pessoal pergunta se é igual quando entra em campo para um jogo importante e é uma sensação parecida. Quando você é goleiro, depois que faz a primeira defesa, se acalma para o resto do jogo. No palco, a mesma coisa: depois de cantar a primeira nota, aí sabia se ia acontecer bem ou não", disse.
"Eu sempre gostei de cantar e, antes de sair de casa para jogar bola, eu cantava nos festivais da minha cidade. A música sempre me acompanhou. Quando recebi o convite, eu já estava curtindo só de participar. Como o pessoal estava gostando, meu sangue de competidor foi aparecendo e eu comecei a pensar em final, em título. (...)Não imaginava que dava para ganhar, mas com o passar do tempo aumentou a confiança, igual no futebol", finalizou.
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