O GP da Grã-Bretanha teve uma disputa acirrada entre Lewis Hamilton e Max Verstappen na primeira volta, que culminou em acidente do piloto holandês, líder da temporada, protestos da equipe Red Bull e punição de 10 segundos para o heptacampeão mundial, decisão dos comissários que não satisfez a todos.
Em sua participação no programa UOL News Esporte, com Marcelo Hazan, Renato Maurício Prado afirma que considerou injusta a punição a Hamilton, que ocorreu um incidente de corrida, além de esperar que a disputa pelo título da temporada fique mais acirrada entre os dois pilotos, lembrando um pouco do que foi o estopim para a rivalidade entre Ayrton Senna e Alain Prost nos anos 1980.
"Eu achei que foi um incidente de corrida, eu não puniria nem com 10 segundos o Hamilton, eu acho que aquilo ali, o Hamilton, é como ele disse, ele viu um espaço e atacou, eles estavam brigando desde a largada, foi uma sequência de curvas, talvez tenha sido a primeira volta mais sensacional do campeonato deste ano, talvez não, com certeza. É isso o que o torcedor quer ver. Não é o acidente, mas ele quer ver disputa roda a roda, freada a freada e os dois pilotos, melhores pilotos do momento, são o Hamilton e o Verstappen e eles estão fazendo isso", diz Renato.
"Vão fazer cada vez mais até o final da temporada, até porque agora acabou o amor, até então ainda havia um certo, você entrou aqui, eu vou frear, você vai, eu tento na próxima curva, agora não tem mais essa. Isso aí me lembro muito Senna e Prost quando no Grande Prêmio de Estoril havia um acordo entre eles de ninguém ultrapassar ninguém antes da primeira curva e o Senna mandou o acordo para as cucuia e espremeu o Prost na parede, foi embora. A partir daí não se falaram mais e o clima de guerra cantou feio na McLaren", completa.
O jornalista afirma que esta disputa mais acirrada é o que o público deseja ver, além de destacar que o que Hamilton fez no fim de semana lembrou muito Ayrton Senna, desde a disputa acirrada, até a recuperação na corrida depois da punição, sem contar a comemoração com a bandeira britânica no final.
"A turma da Liberty, os americanos que são os donos da Fórmula 1 hoje em dia, certamente também não gostaram, acho que eles vão sentar com a FIA, com os comissários da FIA e dizer 'amigo, queremos show. Vocês vão começar com esse negócio, então vamos patrocinar campeonato de autorama'. E a corrida ficou espetacular mesmo depois da batida", diz Renato.
"Hamilton foi buscar os 10 segundos, me lembrou muito o Ayrton essa corrida, muito, primeiro porque o Ayrton também não teria freado além, teria mandado o Verstappen para a cucuia e depois ele também iria buscar esses 10 segundos. Corrida sensacional, melhor corrida do ano, disparado", conclui.
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