Peão brasileiro que morreu nos EUA tinha potencial para ser campeão mundial

O peão brasileiro Amadeu Campos Silva, de 22 anos, morreu durante uma montaria em touro na cidade de Fresno, na Califórnia, nos EUA, na noite de domingo (29). Ele era considerado uma das principais promessas do Brasil em rodeio, cotado, inclusive, a um possível título mundial.

Amadeu nasceu e cresceu em Altair, município de cerca de 4 mil habitantes entre São José do Rio Preto e Barretos, no interior de São Paulo. Ele foi vice-campeão brasileiro em 2019 e, então, se mudou para os Estados Unidos para disputar a liga PBR (Professional Bull Riders), a mais importante do mundo. Ele completaria 23 anos nesta quarta-feira (1º).

"Amadeu Campos era uma promessa do esporte e estava começando a trilhar um caminho vitorioso, já entre os melhores competidores do mundo. A questão, a partir de agora, seria até onde ele chegaria, e tenho certeza que um dia poderia ser campeão mundial", diz Adriano Moraes, que já foi tricampeão do mundo e hoje é diretor de competições da PBR no Brasil.

No último domingo, Amadeu Campos disputava um evento da Velocity Tour --uma espécie de segunda divisão da PBR. Ele participava da final, quando caiu do touro e uma de suas esporas ficou presa. Amadeu foi pisoteado e arremessado ao chão duas vezes enquanto o animal pulava. O peão foi socorrido e levado a um hospital, mas não resistiu.

O brasileiro chegou a disputar uma final mundial em 2020 e em seguida ficou parado por oito meses devido a uma cirurgia no ombro. Ele voltou a montar neste mês, estava na 89ª posição do ranking mundial da PBR e tentava voltar ao top 40, a elite mundial da montaria em touros --chamada "Unleash The Beast". A entidade lamentou a morte do brasileiro em nota oficial nas redes sociais, com um texto publicado pelo CEO Sean Gleason.

"Amadeu era uma estrela em ascensão em nosso esporte, um cowboy com enorme potencial dentro e fora da arena. Toda a PBR e este esporte manda orações e sinceras condolências à família e amigos de Amadeu", escreveu.