Após morte de lutador, associação de boxe condena lutas sem luvas nos EUA
Após a morte de Justin Thornton, a Associação de Comissões de Boxe nos Estados Unidos (ABC US, em inglês), que regula o esporte no país, condenou a organização e prática de lutas sem luvas. Em comunicado emitido ontem (5), os médicos da associação mostram-se preocupados com a ascensão do boxe sem luvas e apontaram os riscos para a vida dos lutadores.
"O comitê está especialmente preocupado que atletas competindo no boxe sem luvas estejam sob riscos maiores de lesões agudas e crônicas", aponta o comunicado. A maioria dos praticantes do boxe sem luvas são lutadores mais velhos ou que estão há muito tempo sem lutar, o que também é visto pela associação como fator perigoso.
Ainda de acordo a ABC US, as lutas não têm seguido a regulação médica mínima exigida, por isso, "o comitê médico da ABC implora que as comissões que considerem licenciar esses eventos procedam com precaução".
"Além disso, revisem seus requerimentos para incluir tomografia computadorizada, ressonância magnética e/ou liberação neurológica de um neurologista certificado pela comissão antes de liberar um lutador a competir", completou o comunicado.
Justin Thornton, de 38 anos, morreu após ser nocauteado em sua estreia no BKFC, maior organização de boxe sem luvas dos Estados Unidos. O lutador, que fez carreira no MMA, foi nocauteado por Dillon Cleckler aos 19 segundos de luta, sendo hospitalizado logo depois. Thorton ficou parcialmente paralisado após a luta e também teve uma infecção causada por uma lesão na medula espinhal.
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