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Daley pede banimento olímpico de países que punam homossexuais com morte

Tom Daley, saltador britânico - Getty Images
Tom Daley, saltador britânico Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

09/10/2021 14h32

Tom Daley, atleta britânico dos saltos ornamentais, pediu para que todos os países onde a homossexualidade é punível com a morte sejam banidos dos Jogos Olímpicos. O atleta britânico soma quatro medalhas olímpicas, sendo uma de ouro (Tóquio 2020), e três de bronze (Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020).

"Acho que é realmente importante tentar criar mudanças, em vez de apenas destacar essas coisas. Então, quero fazer disso minha missão para que antes das Olimpíadas de Paris os países (onde é) punível com a morte de pessoas LGBTQIA+ não tenham permissão para competir nas Olimpíadas", disse Daley, ao receber o Prêmio Esportivo no Attitude Awards 2021.

Hoje, países como Arábia Saudita, Afeganistão e Irã punem a homossexualidade com morte. Além deles, cerca de 60 outras nações criminalizam a relação entre pessoas do mesmo sexo.

Depois de ganhar o ouro na plataforma de 10 metros dos saltos ornamentais nos Jogos de Tóquio 2020, Daley dedicou sua medalha à comunidade LGBT. "Espero que qualquer jovem LGBT por aí possa ver que não importa o quão sozinho você se sinta agora, você não está sozinho", disse na ocasião.

O atleta também criticou a Fifa por sediar a Copa do Mundo de 2022 no Catar, onde a pena de morte para homossexualidade é uma possibilidade legal, mas oficialmente nunca aconteceu.

"Eu acho que não deveria ser permitido que um evento esportivo fosse sediado em um país que criminaliza os direitos humanos básicos", completou.

De 1964 a 1988, o Comitê Olímpico Internacional (COI) proibiu a África do Sul de competir nos Jogos por causa do apartheid, mas geralmente não cede aos apelos para banir as nações por razões políticas ou de direitos humanos.